
O Rosalina surgiu como um espaço de co-working para utilização das irmãs Mariana e Ithyara juntamente com a prima Cristiana, na casa da avó, Dona Rosalina, que faleceu em 2017.
Durante a pandemia de 2021, a casa ficou desocupada por algum tempo.
Foi nesse período que Ithyara e Cristiana tiveram a ideia de utilizar o espaço para oferecer reforço escolar às crianças, enquanto Mariana utilizava o espaço como escritório para vendas de calçados.
Num segundo momento, devido às dificuldades logísticas das famílias das crianças, o atendimento educacional foi desativado, e as salas da casa de "Nina" (apelido carinhoso de Dona Rosalina) passaram a ser utilizadas para serviços de saúde e bem-estar, incluindo atendimento psicoterapêutico.
Observou-se que, até então, os profissionais que buscavam o espaço eram, em sua maioria, negros.
A partir disso, passou-se a convidar mulheres empreendedoras para exporem seus trabalhos, acolhendo suas ideias para a realização de palestras e rodas de conversa sobre empreendedorismo.
Nessas ocasiões, as profissionais também se sentiam confortáveis para compartilhar suas realidades individuais nos âmbitos afetivo, social e profissional. Atualmente, o grupo se tornou interdisciplinar, contando com dez mulheres negras que se identificam com o movimento, provenientes das áreas de educação, psicologia, finanças, comunicação estratégica, mídias sociais, projetos e captação de recursos.
O Rosalina encara a realidade da injustiça social promovendo oficinas, workshops, rodas de capacitação e acolhimento, bem como cursos de longa duração para capacitar mulheres empreendedoras.
Também são organizados encontros e feiras entre empreendedoras, visando divulgar seus trabalhos entre si e na comunidade em geral.
Outra vertente do trabalho desenvolvido é a realização de rodas de acolhimento e atendimento terapêutico individual, visando fortalecer as mulheres enquanto sujeitos sociais e profissionais no campo dos negócios.