A pequena Myrella, com apenas dois anos de idade, precisa da sua ajuda. Desde quando nasceu, em 2017, ela possui mielomeningocele, uma má formação na coluna vertebral, e como consequência outros problemas de saúde, como intolerância a lactose e dificuldades de crescimento, por exemplo.
Na última semana, funcionários da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) se reuniram e resolveram ajudar a família. O pai de Myrella, Rogério Castro, é monitor e funcionário da instituição. Em um cartaz com a mensagem "um colega precisa da sua ajuda", funcionários pedem a colaboração para doações de fraldas e leite em pó sem lactose.
No mês passado, Rogério conta que foi até a farmácia municipal, onde encaminhou documentos para que sua filha recebesse os mantimentos. Ele aguarda agora uma consulta, agendada para setembro, para finalizar os laudos médicos e encaminhar outros documentos necessários. Até lá, Rogério precisa dar um jeito em conseguir o leite em pó que custa mais de R$90,00 a cada lata.
Dificuldade constante Rogério tem 51 anos e é a única fonte de renda da família. Há 11 anos, ele é funcionário da UCPel e, entre os colegas, é conhecido como Roger do Santa Margarida. A esposa Viviane Castilho, 29 anos, precisou parar de trabalhar para cuidar da pequena Myrella, que completou dois anos de vida na última quarta-feira (7). Além de Myrella, o casal possui outros três filhos: Naiara, Verônica e Éric.
A família habita uma casa de dois cômodos e um banheiro nos fundos da casa dos pais de Viviane, localizada na rua Anchieta próximo do loteamento Barão de Mauá. "Eu ganho pouco, no mês passado precisamos levar ela no médico e precisei pagar no particular. Mesmo sendo caro, como ia deixar de fazer isso pela minha filha?", se pergunta Castro, com a pequena Myrella nos braços.
Além do salário fixo como monitor, Rogério busca alternativas. "Trabalho como pintor, pedreiro, eletricista. Só o salário não dá que chega", conta.
Myrella consome, em média, uma lata de leite em pó por semana. A mãe Viviane conta que ela tem dificuldades de crescimento. Em um pequeno caderno onde são anotados mensalmente seu peso e sua altura, ela aponta para cinco meses seguidos onde a altura ficou marcada em 79 centímetros. "Ela também tem dificuldade de ganhar peso. Eu precisei parar de trabalhar pra cuidar dela", indica a mãe.
O problema da alergia a lactose foi descoberta há pouco mais de três meses. Para ter o diagnóstico, a família precisou pagar exames e consultas particulares. "Um exame custa R$200,00, outra consulta custa por aí. A conta está bem negativa e ainda precisei parcelar alguns medicamentos", relata o pai.
O que é Mielomeningocele Trata-se de uma má formação congênita na coluna vertebral da criança. Também é conhecida como espinha bífida aberta.
O que a família precisa - Fraldas tamanho G (sem perfume) - Leite em pó sem lactose
Como ajudar - As doações podem ser combinadas com Rogério, pelo telefone (53) 98405-6597 Texto: Roberto Giovanaz - Diário Popular.