Olá amigos, meu nome é Enedina, mais conhecida como Edna Euclides, tenho 48 anos e sou viúva. A partir de agora vou contar a minha história, e desculpem-me se chocar ou incomodar alguém, a intenção é esta, pois não me restou nenhuma outra escolha.
Há 25 anos atrás conheci meu falecido esposo, o qual fui casada por 20 anos, pois faz cinco que ele se foi. Ele era um juiz de paz, bem conhecido na minha cidade e na capital do estado, exerceu sua função durante 25 anos, porém nunca foi reconhecido. Quando o conheci, moramos um tempo por aluguel, após 5 anos engravidei e tivemos nossa filha, foi quando ele decidiu conversar com os primos sobre uma casa que vivia abandonada em Mogi das Cruzes, pois ninguém tinha interesse em reformar ou utilizar. Após uma conversa, seu primo lhe deu as chaves e quatro anos de IPTU atrasado. Entramos, reformamos, moramos e fomos muito felizes aqui. Eu ainda sou, mesmo eu e minha filha não sendo aceitas pela família. Sou nordestina e eles de “sangue bom”.
Infelizmente em 2012 meu falecido marido foi diagnosticado com Alzheimer, e muitos problemas se desencadearam desde então. Muitos aproveitaram para ameaçar eu e minha casa, pois meu marido já não estava mais em plenas condições. Durante sua doença gastamos tudo que tínhamos e mais um pouco, existem dívidas que se estendem até os dias atuais. Eu possuo um comércio, que já foi uma bomboniere e hoje também é um bazar, e esse é minha única fonte de renda, onde não chego a faturar 500,00 reais mensais, juntamente com a aposentadoria por morte, que por causa dos empréstimos pra doença é descontada e só recebo 400,00 reais. Vivo disso atualmente e sustento a casa e meus animais que estiveram comigo em todos os momentos e jamais abandonarei eles. Minha filha atualmente está desempregada, se não estaria me ajudando.
Logo após o falecimento do meu marido em 2015, a família de meu marido, que residem na mesma rua, entrou com um processo de reintegração de posse, acusando minha filha e eu de invasoras, pois se a única parte que nos ligava a família (meu marido) não estava mais presente, não teria o por que continuarmos na casa, mesmo depois de vinte anos de despesas, gastos e confiança. A casa é de herança de meu esposo falecido e do primo dele, pois era das mães deles. Desde então muitos boatos têm se espalhado sobre minha pessoa, onde dizem que eu maltratava meu marido e que queria vender a casa sem a autorização de ninguém. Pessoas que me conhecem sabem a verdadeira história e como eu cuidei dele mais que tudo.
Como eu não possuo verba para advogados particulares, entrei em contato para que a defensoria pública me defendesse. Escalaram um advogado que não conseguiu nos defender, abandonou o caso e mudou-se para outro estado. A defensoria pública ficou jogando meu caso, sem cuidado nenhum, entre advogados, por essa bagunça, acabei ficando sem defesa e o juiz deu o caso favorável para o lado oposto. Chegou uma intimação para que eu saísse da casa em trinta dias. Não desisti, fui até a defensoria pela última vez, consegui que me escalassem outra advogada, a qual lutou até onde podia para me defender, mas mesmo com todas as provas, gastos, anos e IPTU pagos, o juiz não favorecia nada a meu favor.
No último mês de setembro recebi a notícia que teria que sair da casa com forças armadas, que toda a minha história seria jogada fora, que eu seria jogada fora. Infelizmente minha família mora toda distante, e os que eu esperava ajuda, me apunhalaram, então não poderia contar com ninguém nesse momento. Quase perdi minhas forças e decidi sair e morar na rua mesmo, quem sabe um dia Deus me abençoasse, mas ele é maior e decidi procurar minha última solução, um advogado pago. Contatei o escritório do Dr Beraldo, e ele nos disse que poderia entrar com três ações para tentar reverter o caso e nos deixar permanecer na casa. O valor das três ações ficou em um total de 10.000,00 reais. É loucura? Talvez, mas era isso ou ir morar na rua, minhas coisas para um galpão e meus bichos para um abrigo, minha família seria desfeita. Não possuo cem porcento de chances de ganhar, mas enquanto houver possiblidades e esperança, eu não irei desistir, eu não posso desistir.
Após esse longo desabafo, gostaria de chegar ao meu objetivo, que é pedir a ajuda de vocês que lerem esse texto, pois sozinha não conseguirei. Não me importo com valores, cada ajuda é bem-vinda, eu só não posso sair do meu lar. Quem se sentir tocado por Deus e tiver vontade de ajudar, eu informo os dados. Quem quiser provas, fotos dos contratos, nº dos processos, eu também passo. Também estou disposta a ouvir conselhos e possíveis soluções. Queria que houvesse outro jeito das coisas se resolverem, mas após tentar tanto, minha última solução foi fazer um apelo e pedir ajuda. Gostaria de agradecer a todos que leram até aqui e a todos que me deram um apoio inicial desde o começo do mês. Sou grata a todos, e que Deus abençoe a vida de cada um de vocês.