Luã apyká
Ao mato grosso do sul
Em muitos encontros com professores e lideranças indígenas do estado de são paulo vimos que muitos assuntos não avançam, pois lidamos com o retrocesso desse governo dizimador, não reconhecendo nossos direitos por leis e distânciando-nos cada vez mais de uma educação escolar e diferenciada onde essa ferramente é de extrema importância para o fortalecimentos das nossa comunidades. Vimos que o estado de são Paulo não possui uma licenciatura específica para os professores atuantes em sala de aula e em suas atribuições sendo o estado mais rico do país, não dando nenhuma visibilidade ao conhecimento indígena como uma forma de ciência, tendo no estado cinco etnias aldeiadas como tupi-guarani, guarani, terena, kaingag, krenak, e muitas outras em contexto urbano, trazendo a mesma necessidade ao todo: uma atenção para as comunidades indígenas.
No encontro de professores e lideranças de grupo de trabalho para preparar uma proposta de abertura de uma licencatura intercultural para professores indígenas, a professora Veronice me fez um convite para participar do XXV encontro de professores e lideranças guarani kaiowá que será no mato grosso do sul dia 01 e 02 de agosto, nos trazendo a pergunta:
Por que nós professores não vamos?
Porque informações não chegam?
Com essa necessidade de expandir fronteiras criadas pelo homem branco (ywypóry), me senti orientado por Nhanderu à ir para esse encontro e trazer o máximo de informação possível para os professores do estado (FAPIS) FORUN DE ARTICULAÇÃO DOS PROFESSORES INDÍGENAS DO ESTADO DE SÃO PAULO, trazendo vivencia e experiencia dessas comunidades e suas realidades específicas, como dificuldades e o fortalecimento cultural, proporcionando diálogos e reflexões.
Não sendo eu remunerado nem acesso financeiro, necessitaria de um apoio financeiro para me locomover da minha comunidade, onde pego ônibus , metro até o aeroporto, de lá o avião, e depois o transporte até a aldeia… e alimentação na viagem..
juntos somos mais fortes….
Djagwata djoupiwe’i