Essa Vakinha tem o objetivo de ajudar uma pessoa que passou a vida ajudando doentes, e que agora passa por problemas sérios de saúde e precisa de solidariedade para sobreviver.

O relato a seguir é da idealizadora dessa Vakinha, a professora Raquel Pinheiro:

Leilaine dos Santos, 55 anos,  ou apenas Leilaine, trabalhava como técnica de enfermagem quando a conheci dentro da DaVita (Santa Rosa, Niterói, Rio de Janeiro).

Frequentei a clínica por quatro anos, três vezes por semana, a fim de levar minha irmã, portadora de problemas mentais sérios para o tratamento de hemodiálise. De todas as técnicas de hemodiálise, Leilaine sempre foi a mais humana, atenciosa e cuidadosa com as necessidades e dores dos pacientes.

Durante 4 anos, aprendi muitas coisas com aquele pequenino anjo da guarda. Aprendi até que há pessoas com luz natural: Leilaine era a única pessoa que conseguia fazer minha irmã - quase catatônica - rir e até conversar. 

Esse amor e dedicação, ela dava a todos os pacientes. 

Contudo, Leilaine acabou sendo desligada da empresa sem maiores justificativas, no dia 7 de julho de 2023, sem haver recebido horas extras e outras verbas rescisórias, decisivas para o pagamento de contas básicas.

O quadro de Leilaine é muito sério. Desde 2015, ela vem sofrendo de dores fortes e incapacitantes. Após buscar ajuda médica, recebeu o diagnóstico de ARTROSE NA COLUNA, que já estava parcialmente degenerada. Em 2016, Leilaine chegou a ser submetida a uma operação no joelho esquerdo, em razão da artrose.  

A operação, no entanto, não ajudou. As dores não só continuaram, como foram piorando progressivamente. Muitas das crises duravam 24 horas ininterruptas. 

Após mais consultas, Leilaine recebeu o diagnóstico de Fibromialgia, uma doença crônica, que não possui cura e piora, a depender de fatores como o clima frio, e níveis de estresse. A fibromialgia pode deixar o paciente de cama por dias, assim como pode tirar seu sono e causar um cansaço inexplicável, além de depressão.

Eu mesma presenciei inúmeras crises dessa lutadora, para quem hoje peço ajuda. Por tantas vezes, quase sempre em dias mais frios, na clínica, presenciei crises sem saber como ajudar.

Leilaine ia trabalhar, mesmo que estivesse se arrastando, porque dizia que os pacientes faziam bem a ela. 

Não foram poucas as vezes em que a vi mancando pelos corredores da DaVita. 

Hoje, Leilaine não trabalha e nem pode. Sua saúde está cada vez mais frágil, as dores continuam sem jamais dar trégua. Apesar de receber um salário - por tempo de contribuição - Leilaine não ganha cem por cento do que deveria, por atraso do INSS, assim como não conseguiu auxílio doença - garantido por lei - porque o perito da citada instituição alega que uma pessoa que caminha, ainda que necessitando de muletas, pode trabalhar. 

Somando-se a isso, ocorreu que Leilaine foi vítima de um golpe no fim de 2023.  Um infrator usou seus dados para pegar vultosa quantia de dinheiro emprestado em seu nome. Desde então, com a justiça tardando em resolver qualquer coisa, Leilaine tem uma boa parte de seu salário comprometida. 

Com pouco dinheiro, sem receber seus direitos básicos trabalhistas, de saúde e previdenciários, Leilaine luta hoje para o mínimo: pagar alimentação e comprar remédios que aliviam as dores terríveis. Sem ajuda, Leilaine não terá, em breve, como comprar alimentos básicos. 

Ela precisa de ajuda. 

Em nome de todo bem que eu a vi fazer, venho aqui pedir que você que está lendo, tente contribuir.