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Ajude A Recuperar O Museu Nacional Do RJ

ID: 365490
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Criada em: 15/09/2018
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Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é a mais antiga instituição científica do Brasil e, até setembro de 2018, figurou como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. Localiza-se no interior do parque da Quinta da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, estando instalado no Palácio de São Cristóvão. O palácio serviu de residência à família real portuguesa de 1808 a 1821, abrigou a família imperial brasileira de 1822 a 1889 e sediou a primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso do museu, em 1892. O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) desde 1938.

Fundado por Dom João VI em 6 de junho de 1818 sob a denominação de Museu Real, o museu foi inicialmente instalado no Campo de Santana, reunindo o acervo legado da antiga Casa de História Natural, popularmente chamada "Casa dos Pássaros", criada em 1784 pelo Vice-Rei Dom Luís de Vasconcelos e Sousa, além de outras coleções de mineralogia e zoologia. A criação do museu visava atender aos interesses de promoção do progresso socioeconômico do país através da difusão da educação, da cultura e da ciência. Ainda no século XIX, notabilizou-se como o mais importante museu do seu gênero na América do Sul. Foi incorporado à Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1946.[1]

O Museu Nacional abrigava um vasto acervo com mais de 20 milhões de itens, englobando alguns dos mais relevantes registros da memória brasileira no campo das ciências naturais e antropológicas, bem como amplos e diversificados conjuntos de itens provenientes de diversas regiões do planeta, ou produzidos por povos e civilizações antigas. Formado ao longo de mais de dois séculos por meio de coletas, escavações, permutas, aquisições e doações, o acervo era subdividido em coleções de geologiapaleontologiabotânicazoologiaantropologia biológica (incluindo-se neste núcleo os remanescentes do esqueleto de Luzia, o mais antigo fóssil humano das Américas[2]), arqueologia e etnologia. Foi a principal base para as pesquisas realizada pelos departamentos acadêmicos do museu — que desenvolve atividades em todas as regiões do país e em outras partes do mundo, incluindo o continente antártico. Possuía uma das maiores bibliotecas especializadas em ciências naturais do Brasil, com mais de 470.000 volumes e 2.400 obras raras.

No campo do ensino, o museu oferecia cursos de extensão, especialização e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento, além de realizar exposições temporárias e atividades educacionais voltadas ao público em geral. Administra o Horto Botânico, ao lado do Palácio de São Cristóvão, além do campus avançado na cidade de Santa Teresa, no Espírito Santo — a Estação Biológica de Santa Lúcia, mantida em conjunto com o Museu de Biologia Professor Mello Leitão. Um terceiro espaço no município de Saquarema é utilizado como centro de apoio às pesquisas de campo. Dedica-se, por fim, à produção editorial, destacando-se nessa vertente a edição dos Arquivos do Museu Nacional, o mais antigo periódico científico brasileiro especializado em ciências naturais, publicado desde 1876.

Na noite de 2 de setembro de 2018, um incêndio de grandes proporções atingiu a sede do Museu Nacional, destruindo a quase totalidade do acervo em exposição. O edifício que abriga o museu também ficou extremamente danificado, com rachaduras, desabamento de sua cobertura, além da queda de lajes internas.

Imagem aérea de incêndio no Museu Nacional do Rio (Foto: Reprodução/ TV Globo)

 

O Corpo de Bombeiros do Rio foi acionado às 19h30. Homens de quatro quartéis trabalham no local, que fica dentro do parque nacional da Quinta da Boa Vista. O prédio tem três andares, é ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o fogo toma  conta de boa parte da construção.

Vista aérea do Museu Nacional no Rio de Janeiro após bombeiros controlarem as chamas do incêndio - 03/09/2018 (Mauro Pimentel/AFP)

De acordo com Renato Franco, historiador especializado em Brasil Colonial, o Museu Nacional possuía um acervo que representa uma patrimônio não só para a história do Brasil, mas para a história do mundo. "Era um acerco etnográfico incrível, é difícil conseguir ter uma dimensão da grandeza desse acervo porque é riquíssimo da historia da botânico no Brasil, pra cultura etnográfica indígena e africana", disse.

"É impactante e chega a ser emocionante ver tudo sendo destruído rapidamente. Eu não sei exatamente como ressaltar a grandeza desse acervo e a enorme perda. É o fim de uma instituição sem tamanho, fim de um acervo insubstituível", lamentou Renato Franco.

  • Funcionários do Museu Nacional tentam salvar parte do acervo e equipamentos de incêndio - 03/09/2018 (Fernando Souza/AdUFRJ/Divulgação

  • Funcionários do Museu Nacional tentam salvar parte do acervo e equipamentos de incêndio - 03/09/2018

    Funcionários do Museu Nacional tentam salvar parte do acervo e equipamentos de incêndio - 03/09/2018 (Fernando Souza/AdUFRJ/Divulgação)

Algumas poucas peças foram recuperadas dos escombros, como um quadro do marechal Rondon, alguns meteoritos, dois vasos de cerâmica e fragmentos de fósseis humanos.

Os fragmentos de um crânio achados no Departamento de Paleontologia deram esperanças aos pesquisadores de que poderia se tratar de Luzia, o fóssil mais antigo já achado nas Américas, de cerca de 12.000 anos. O fóssil é precioso, porque foi responsável por mudanças significativas nas teorias de ocupação humana do continente. Entretanto, alertou Cristiana, o departamento de paleontologia tinha centenas de fósseis humanos. “A gente não sabe dizer se é o crânio de Luzia, temos que avaliar”, explicou. “Os escombros são muito grandes, especialistas têm que analisar para darmos uma informação correta. Mas, claro, sempre temos esperança.”

A vice-diretora explicou ainda que uma empresa especializada deve ser contratada para ajudar no trabalho de arqueologia que deverá ser feito para a busca de peças em meio aos escombros do incêndio. “É um trabalho de arqueologia, não é algo que possa ser feito com uma escavadeira”, lembrou.

 

Investigação

Militares fazem a segurança na Quinta da Boa Vista e traçaram um cerco nos arredores do Museu Nacional para impedir eventuais saques aos escombros do incêndio. Técnicos da Polícia Federal também estiveram vistoriando os escombros em busca de dados que possam determinar as causas do incêndio. O Museu Nacional do Rio de Janeiro não contava com brigada de incêndio nem com seguro para o acervo.

(Com Estadão Conteúdo)

MUSEUS

A presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Kátia Bogéa, afirmou que "É uma tragédia nacional e mundial. Todo mundo está vendo que é uma perda não só para o povo brasileiro mas para toda a humanidade (...) É uma tragédia anunciada que há muito tempo a gente sabe que o patrimônio cultural brasileiro não tem recurso".

Museus ao redor do mundo enviaram suas condolências. No Reino Unido, a Biblioteca Britânica disse que "nossos corações vão para os funcionários e usuários do Museu Nacional do Brasil" e chamou o incêndio de "um lembrete da fragilidade e preciosidade de nossa herança global compartilhada". O Museu de História Natural de Londres, o Museu de História Natural da Universidade de Oxford,e o Instituto Smithsoniano também enviaram mensagens de apoio. A chefe do Museu Australiano disse que estava "chocada", "devastada" e "perturbada".

 

 

 

 

 

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