Kelvin relata que a família reconstruiu a moradia há cerca de 6 anos, o terreno é do avô e antigamente no local existia uma casa de madeira. Por estar em más condições, um grupo de pessoas se uniu na época e custeou a construção da nova casa, de material.
O problema, no entanto, foi a forma que a obra foi executada. Kelvin relata que a casa antiga (de madeira) foi derrubada e as madeiras serviram de base para a laje da nova moradia. O material é orgânico e como o passar do tempo o piso começou a mexer, fazendo com que as paredes também sofressem danos e começassem a entortar. A casa que já estava comprometida só piorou com a chuva do último fim de semana.
“As rachaduras pioram ano a ano, a gente já tentou buscar ajuda da prefeitura mas ninguém pode nos ajudar em nada. A gente não tem pra onde ir. Eu chamei os bombeiros pra olharem, eles vieram e falaram que também não tem o que fazer, só sair da casa”.
Kelvin trabalha em uma mecânica durante o dia de forma informal e a noite seleciona material reciclável para ajudar na renda da família. O avô recebe um auxílio doença e a renda das quatro pessoas gira em torno de R$1.200/mês.
Os bombeiros estiveram no local para vistoriar a residência e orientaram a família a sair pois há risco de as paredes desmoronarem, no entanto o imóvel não foi interditado.
Kelvin conta ainda que buscou ajuda na prefeitura e foi encaminhado ao CRAS, em busca de um local onde a família pudesse se abrigar. A prefeitura disse que não há o que fazer neste caso.