
Félix (nome atual) é um gato que vivia na rua. Tinha vários nomes, cada um dado por um dos vizinhos que o alimentava. Sempre quis adotá-lo, mas já tenho um gato e moro em um apartamento muito pequeno para mantê-los separados durante o período de adaptação.
Na quinta-feira, 10/07/25, passei por ele no seu local de sempre — um edifício na esquina das ruas Capitão Araújo e Edson, onde ele esperava diariamente por ração e carinho — e percebi que algo estava errado. Félix tinha um machucado em uma das patas dianteiras. Levei-o até o pet shop mais próximo, outro ponto onde ele costumava aparecer pedindo comida, e o proprietário aplicou um spray cicatrizante.
No dia seguinte, voltando da faculdade pelo mesmo caminho, vi que o machucado parecia ter piorado. Pedi uma caixa no pet shop e entrei em contato com uma clínica de confiança, ligada a uma ONG de adoção animal da cidade. Levei o Félix até lá. O ferimento precisou ser debridado e foram feitas suturas internas e externas. Naquele momento, já estava decidido: eu iria adotá-lo.
Mas então veio a surpresa — seu teste para FeLV deu positivo. A FELV trata-se de uma doença viral felina, sem cura, que ataca o sistema imunológico de forma semelhante à leucemia, e impede a convivência com gatos não infectados, como o meu, por ser de fácil transmissão, mesmo para gatos vacinados. Infelizmente, essa é uma condição muito comum entre gatos com acesso à rua, que, por isso, acabam tendo uma expectativa de vida menor do que os que vivem em ambientes fechados.
Entrei em contato com algumas pessoas que estavam presentes quando o levei à clínica, e uma delas começou a busca por um lar definitivo. Normalmente, encontrar uma família para um gato FeLV+ pode levar meses, até anos. Mas, em poucos dias, Félix conquistou um novo lar — uma família só dele — e finalmente pôde deixar a vida nas ruas, onde dependia de tutores comunitários e estava sempre exposto a riscos. Félix já está em sua nova casa, com outros dois irmãos FELV+, tutores com experiência e está amando sua nova vida.
Por fim — e o motivo de eu estar contando essa história — é que a internação teve custos, os quais assumi inicialmente, já que a prioridade era salvar sua vida, porém fui encorajado a criar uma vakinha pelas pessoas que me ajudaram a retira-lo da rua.
Abaixo, seguem as imagens dos comprovantes referentes à internação, sedação, suturas, teste FIV/FeLV, antibioticoterapia e retirada dos pontos após sete dias.
Estado inicial (machucado apresentava sinais de necrose tecidual):

Félix já internado, com a lesão suturada e recebendo antibioticoterapia:

Orçamento da clínica:

Comprovante de pagamento e teste FIV/FELV:
