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Vaquinha criada em: 23/06/2019

Escrevo em meio a uma crise de ansiedade, tenho adiado esse texto há dias, semanas já. Expor o que irei expor me atinge de uma forma devastadora e dolorida.  Desde que cheguei em MG não parei de trabalhar, no início com projetos voluntários, enquanto Thiago trabalhava em uma pousada, recebíamos ajuda de minha sogra também.  Em 2015 engravidei, Thiago perdeu o emprego. Veio o puerpério e nossa situação financeira seguia a mesma. Foi no puerpério de Margot que a Egrégora surgiu. Nos mudamos pra Mariana quando ela tinha 6 meses, o primeiro curso da Egrégora aconteceu 1 mês depois. Participamos ativamente da ocupação da UFOP, pois na época eu ainda era acadêmica de Serviço Social.

Me perdoem se as coisas parecerem confusas, mas estou aproveitando que estou conseguindo escrever pra expor isso antes que nossa situação realmente se agrave.

O segundo curso foi em janeiro, em Floripa e eu descobri a gravidez do Dante durante o terceiro curso, turmas pequenas, mas que mantinham nossa casa, nossa família e cobriam os custos dos cursos e viagens. Mesmo grávida e com hiperemese não parei. Na verdade percebia que precisa trabalhar mais. Tudo isso amamentando Margot. No início da gestação Thiago conseguiu um trabalho, também nos primeiro trimestre todos pegamos coqueluche. Precisei trancar a faculdade.  Foi quando retornei de um curso em Manhumirim-MG que descobri que Thiago fora demitido. Junho de 2017. Segui procurando terrenos férteis pra dar cursos, mas o avançar da gravidez e as fortes dores que eu sentia me impossibilitavam de viajar.

Dante nasceu em 26 de outubro de 2017.  9 dias depois eu estava dando aula em um curso de doulas especial, com foco em mulheres que moravam em ocupações urbanas de BH.  20 dias depois do parto eu dei um curso completo em Contagem.  O dinheiro entrava aos poucos e sempre foi usado pra manter nossa casa. Eu já estava cansada e dando sinais de exaustão. Mas precisa seguir. Thiago seguia desempregado. Janeiro de 2018 dei curso na minha casa, turma pequena, o lucro deu pra pagar as contas. Veio março, o baque de Marielle e o desafio de me candidatar, mostrar que não iamos recuar.  Dei cursos em Belo Horizonte, Caratinga, Juiz de Fora, São João del Rei, Manhuaçu e Mariana. Turmas pequenas e sempre sendo nossa única fonte de renda. Fui desligada da UFOP por ter indeferido meu pedido de trancamento especial, não tive forças pra ir atrás disso e larguei mão da faculdade.  Margot desmamou durante o curso de Juiz de Fora, dia 6 de junho, se não me engano. Esse curso foi o que mais nos deu rendimentos e com a greve dos caminhoneiros acabamos tendo que ficar mais tempo do que o necessário na cidade, hospedados na casa de amigos, e reserva que teríamos acabamos gastando lá.

Veio a campanha, que vocês devem imaginar a loucura que foi. Nos primeiros dias de campanha oficial eu cai de cama, com uma gripe muito forte, quando voltei pra rua cai e machuquei meu pé, ficando impossibilitada de trabalhar como o esperado.  Eleições e o baque. Sofri ameaças. Uma dor de cabeça que vinha me acompanhando começou a incomodar mais, comentei com Thiago que era uma dor diferente e chegamos a conclusão que era exaustão do ritmo acelerado que eu vinha tendo nos últimos anos. Mas como parar??? Dei um curso pequeno em Viçosa, que só deu pra pagar as contas de luz de nossa casa e a locomoção até lá.

O curso de Porto Alegre tinha apenas uma pessoa inscrita e já estávamos em novembro. Também foi em novembro que descobri que estava sendo processada pelo concunhado de minha irmã, por ter defendido ela em post aqui no facebook. Com muito trabalho consegui fechar a turma, conseguimos arrumar o carro e começamos a descida. De Mariana até Penha, de Penha a Criciúma e de Criciúma a Porto Alegre. Em uma carro 1,0, sem ar condicionado, com as 3 crianças. Passeamos, nos divertimos e trabalhei. O curso de PoA foi um sucesso e uma nova turma se formou! Alegria! Passamos um final de ano bom, revi minha família e tive a oportunidade de apresentar meus filhos ao meu avô. Na despedida comentei com Thiago que tinha a sensação que não o veria de novo.

Em agosto meu pai descobriu um nódulo no rim e vinha sofrendo com dores na coluna por um desgaste nas vértebras. Minha cabeça seguia com aquela dor, mas vida que segue.  Janeiro e a segunda turma do curso de Porto Alegre começou. No último dia de curso senti uma fraqueza em meu braço esquerdo e até comentei com algumas cursistas, mas como ele logo voltou a "funcionar" não dei importância. Ainda em Janeiro curso em Joinville-SC, ficamos uma semana lá na casa de amigos. Eu já estava exausta, mas precisava seguir. Ainda tinha mais uma turma, em Franca-SP. Percorremos 16h em um dia e chegamos lá. Primeiro final de semana do curso um sucesso, lindo! No primeiro dia do último final de semana de curso o susto: AVC.  Ana Clara seguiu o curso sem mim com maestria e nos preparamos pra voltar pra casa, finalmente.  chegamos em casa no final de fevereiro, após 89 dias viajando. Nos divertimos tbm, claro! Mas foi extremamente desgastante pra mim. Todo roteiro, toda organização financeira, paradas, hospedagens, datas, como, quando e porque fazer era comigo. Eu peguei pra mim isso, dizia que estava cansada, mas não sabia delegar essas tarefas. Não sei quantas vezes chorei de cansaço, esquecia várias coisas, inclusive de pagar as contas de luz da nossa casa...e no dia que chegamos loucos pela nossa casa estávamos sem luz.

Eu só sabia chorar. Eu não aguentava mais, mas precisava aguentar. confidenciava para algumas amigas o meu cansaço. Algumas até pegavam as crianças para eu ter um tempo livre, mas não bastava. Eu seguia cansada, angustiada e percebi que estava tendo crises de ansiedade.Comecei a discutir com Thiago como nunca havia feito, cheguei a pedir que fosse embora.

Ainda na viagem lancei cursos pra junho no sul, eu teria que ir pra responder aquele processo mesmo, por que não trabalhar né? E seria um jeito de pagar as despesas que eu teria. O dinheiro entrava aos poucos, como sempre e sempre era usado pra manter nossa família, tivemos gastos com exames e medicamentos tbm.  Abril e fechei com uma digital influencer uma parceria, ela queria fazer o curso em SC, trocamos a divulgação pela vaga, mas a divulgação não aconteceu e as turmas não fechavam, mudei a data pra ela e nada. Dei um curso em São Paulo para uma turma minúscula, para cumprir a agenda e nesse curso já dei sinais de forte estafa. Peguei conjuntivite e segui assim mesmo.Levei Margot comigo e deixei Dante, numa tentativa desesperada que ele desapegasse um pouco do peito.

Com ajuda de ex-alunas fomos divulgando e as turmas de Santa Maria e Porto Alegre fecharam o número mínimo de inscritas pra acontecer. Mas eu comecei a cada vez mais ter crises de ansiedade. Eu já estava agressiva, não dormia mais de 3h por dia, não conseguia manter a casa em ordem, mal tomava banho e discutia com Thiago por tudo. Maio veio e tudo que acontecia ao meu redor tinha uma força absurda em mim, eu já não conseguia raciocinar direito, eu não conseguia decidir nada, pedi ajuda e quando estava começando a me cuidar e já havia combinado com uma amiga de ir a uma psicologa veio o episódio do plágio, aquilo me golpeou de um jeito tão forte que parei. Parei tudo. Eu perdi meu chão que já estava fino. E numa noite tentei me matar.

Depois disso vocês já sabem. Estou em tratamento e precisei cancelar os cursos. A reserva que havia para caso de desistências foi usada e não temos dinheiro algum para ressarcir todas as cursistas. Nossa dívida atual com elas gira em torno de 10 mil reais e nossa renda atual é de : R$ 0,00.

Não pagamos aluguel, apenas uma diferença, nossa casa fica em Ouro Preto , alugamos ela lá e com o dinheiro pagamos a que moramos atualmente. recebemos ajuda de minha sogra para outras despesas com as crianças, Margot é bolsista e Arthur estuda em escola pública. Não nos flata nada, mas não temos dinheiro, pois eu não posso trabalhar no momento. Thiago passou em um processo seletivo e a convocação acabou de sair, ainda nem sabe quando começa, mas o salário é de 1260,00. DArei um curso em julho aqui em casa com ajuda de outras doulas para levantar dinheiro e pagar alguns dos ressarcimentos.

Com razão muitas delas estão chateadas e pressionando por receber o que lhes devo, mas eu realmente não tenho de onde tirar no momento.

Em meio a pressão de tentar arrumar esse dinheiro mais coisas aconteceram: perdi meu avô no mesmo dia da audiência lá no sul( que ainda não teve desfecho, mas segue sendo absurda). Tenho vivido a base de medicamentos e Thiago tem dado conta das crianças com ajuda de nossos amigos locais. Sei que a Egrégora vai sair impactada de tudo isso, eu me perdi. E nessa confusão perdi meu ganha pão.

Venho expor tudo isso e creio que devo ter esquecido de mais coisas, por que preciso de ajuda financeira para ressarcir essas mulheres. E não tenho como ofertar minha força de trabalho pra isso. Tbm não sei como fazer isso, só sei que preciso de ajuda. Pensamos em fazer vakinha, rifas e vender coisas nossas pra levantar essa grana que no momento tem sido a razão para a maioria de minhas crises. Se vc puder me ajudar, eu agradeço, se tiver alguma ideia melhor me fale, mas por favor, só comente se for pra me ajudar, por que eu realmente preciso de ajuda.Não tenho como arcar com processos, nem financeiramente, nem psicologicamente.

Obrigada de coração se vc leu até aqui <3 Caso prefira depositar direto em conta ou transferir:  Santander: CC: 01085637-9 Agência: 3222 CPF 010709070-81 Se quiser falar conosco:

(31) 97575-9942 Thiago

(31) 97595-0236 Laura 

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