Claudio teve outro avc

meu nome e Luiz sou irmão do Cláudio eu que cuido dele,no dia 09/07/2022 ele teve outro AVC e no momento ele se encontra internado no hospital irmã Dulce da praia grande,e até agora a situação dele e bem delicada,confiaremos na melhora dele com muita fé obrigado a todos Meu nome é Claudio Batista de Mello 47 anos solteiro , residente em São Paulo , Cidade Itanhaém , até 2007 trabalhava como fotógrafo , jogava basquete , cantava , dançava nos finais de semana e fazia exercícios na academia todos os dias , mas no meio de um campeonato de basquete me senti mal perdendo as forças dos membros inferiores até os superiores a língua começou enrolar a visão ficou turva e não conseguir responder aqueles que tentavam me ajudar , até ouvir uma voz que parecia vir do fundo perguntando se eu queria uma ambulância , só consegui acenar com a cabeça dizendo que sim , após socorrido e chegado ao hospital entrei em coma . Depois de se passar 32 dias acordei já com uma traqueostomia , não falava , não me mexia do pescoço pra baixo , tinha perdido 25 quilos foi quando parei para pensar que tinha me dado mal que minha vida já era , comecei a tomar decisões precipitadas sobre tudo , logo uma enfermeira entra na sala me vê e avisa a todos que eu tinha acordado , logo eu estava rodeado de enfermeiros e médicos fazendo perguntas e eu não tinha como responder . Então fizeram vários procedimentos como coletar sangue , medir pressão arterial e outros . Quando chegou a hora da visita parecia festa , eu não estava entendendo nada até minha irmã dizer que os médicos tinham desenganados a todos da família disseram que eu não tinha chance de vida.

Depois de alguns dias começam a realizar exames como ressonância e angioressonancia e veio o diagnóstico de que eu nasci com uma MAV no tronco cerebral ( má formação arteriovenosa) local onde ocorreu o AVC e segundo os resultados dos exames e o local do AVC não era possível fazer uma cirurgia normal então tive que ficar mais tempo internado até encontrarem uma solução.

Foi decidido fazer uma rádio cirurgia mas ainda corria riscos de vida com a dose necessária depois de várias conversas com o médico ficou combinado de tomar uma dose mínima da rádio cirurgia e aguardar 3 anos para a oclusão. O ano de 2008 foi assim consultas e exames de ressonância e angioressonância para acompanhar a MAV e esse tempo todo minha mãe sempre me acompanhava e cuidava de mim em casa até que em outubro ela também sofreu um AVC . Minha irmã foi acompanhar minha mãe e eu fiquei com a outra irmã que é especial em casa, só fui saber que minha mãe sofreu um AVC dias depois , meu pai faleceu em 2002 então comecei a sentir medo , tendo tremores direto , não fui visitar minha mãe no hospital , não conseguia vê-la naquela situação , eu quero guardar sempre a imagem dela viva , realizando seus afazeres diários e não em coma  , até que no dia 24 de dezembro de 2008 véspera de natal com todos os sobrinhos em casa seria mais um dia como os outros até que o médico deu uma notícia boa e ficamos mais confiantes mas as 2 horas da manhã recebemos uma ligação dizendo que minha mãe não resistiu e veio a falecer , ficamos todos arrasados sem chão , foi quando minha depressão começou não queria acreditar , não fui no velório e nem no enterro , eu não tinha condições psicológica e até hoje não tenho , não gosto de lembrar dessa fase . Mas eu ainda tinha que fazer a rádio cirurgia então fui na data marcada até o hospital para fazer o preparatório, parafusaram uma frame no meu crânio para prender na maca , porque não podia mover um milímetro da cabeça , depois fui para casa e aguardar por 3 anos a oclusão da rádio , nesse meio tempo fazia ressonância e angioressonância para ver como estava reagindo.  Mas com o tempo ao me alimentar um dente quebrou e com pouco tempo outros caíram até ficar sem nenhum , então percebi que tive complicação com a rádio cirurgia . Bom sem os dentes , minha mãe e sem acompanhamento clínico me tranquei em casa mas especificamente no meu quarto , excluir todas minhas redes sociais , me afastei dos amigos , colegas e até familiares e fiquei isolado , não tinha construído uma família , mulher , filhos , casa , então achei melhor desistir de tudo. Até que meu irmão caçula começar a trabalhar na UBS e me conseguiu um tratamento psiquiátrico , mas fui obrigado a parar com os medicamentos porque com essa pandemia sem meu irmão conseguir trabalhar tive que ajudar com aluguel da casa , água, luz e alimentação e mesmo assim antes do final do mês faltam alimentos , somos em 8 pessoas , uma irmã especial , meu irmão , cunhada e 4 sobrinhos , moramos em uma casa com 2 quartos. Na verdade eu ia desistir de mim , de viver e de ser alguém até ver na TV uma reportagem sobre fazer uma vaquinha online e eu sonho em fazer um implante dentário , reabilitação motora fonoaudiologia , fisioterapia medicações do tratamento , voltar a viver e ter esperança , mas não é tão fácil porque é preciso de ajuda de amigos, redes sociais , algo que eu não tinha , até fiz agora mas é muito difícil arrecadar , conquistar confiança das pessoas e eu com depressão não tenho sabedoria para fazer dar certo. Estou dias escrevendo essa carta não sei se está boa uma entrevista presencial ou por vídeo seria melhor, mas espero que essa carta funcione. Muito obrigado por ter chegado até aqui e se puder  compartilhar minha vaquinha será muito importante para mim e serei eternamente grato. Qualquer valor importa. Que você receba tudo em dobro em sua vida. Link da Vakinha https://vaka.me/345382

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