Bom dia, família! Tudo bem com vocês? Espero que sim.
Essas não eram as condições que eu imaginava para criar um grupo. Sempre pensei que, quando o fizesse, seria para celebrarmos conquistas, nos reunirmos e fortalecermos nossos laços. Afinal, somos uma família, e isso nos tem feito muita falta.
Infelizmente, a maioria dos nossos contatos acaba acontecendo em meio a problemas – problemas que, quase sempre, envolvem Rodrigo e caem sobre nós de surpresa, sem aviso.
Eu entendo que cada um aqui tem seus desafios, trabalha duro, luta para seguir em frente e resolve seus próprios problemas. Mas, dessa vez, eu não vi outra saída senão pedir ajuda a vocês, porque, abaixo de Deus, não tenho mais a quem recorrer.
Não sei se todos já sabem, mas, na segunda-feira, Rodrigo tentou tirar a própria vida ingerindo chumbinho. Foi levado para a UPA, chegou vomitando e tendo convulsões. Recebeu atendimento, fez uma lavagem gástrica e passou por avaliação psiquiátrica. Felizmente, teve alta e está bem fisicamente. Mas a causa? A mesma de sempre: dívidas com agiotas.
Segundo ele, está devendo a quatro agiotas. Dois deles são policiais militares (Rondesp), conhecidos por terem histórico de execuções, um é traficante e o outro, um agiota comum.
Minha mãe e minha avó, ao saberem disso, entraram em desespero. Até hoje, não conseguem dormir direito. Meu pai, que sempre foi forte, teve que começar a tomar Rivotril para conseguir descansar. A situação afetou todos nós profundamente.
Pensando *somente* na minha família, que não merece passar por mais essa tormenta, eu decidi intervir e assumir o problema.
Inicialmente, Rodrigo disse que devia *apenas* R$ 6 mil. Achei que conseguiria resolver isso sozinho, me esforçando daqui. Mas, como ele sempre age com cinismo e mentira, descobri, ao entrar em contato com os agiotas, que a dívida real já ultrapassava R$ 20 mil. Ele pegou valores altos em parcelas, e os juros fizeram a quantia explodir.
Depois de muita negociação, consegui um acordo com um dos policiais da Rondesp, que tem a pior reputação de todos. Combinei de pagar R$ 8.750, quitando *toda* a dívida com ele. Com os outros três, consegui congelar os juros e dividir o restante em três parcelas de R$ 1.500, totalizando R$ 4.500. Ou seja, a dívida total que preciso cobrir é de **R$ 13.250**.
Não sei se todos sabem, mas este ano completo oito anos na Aeronáutica. E, como o governo retirou a estabilidade para servidores temporários, a qualquer momento posso ficar desempregado. Tenho uma casa para manter e minha própria família para sustentar, assim como vocês. Por isso, o que eu mais preciso agora é de tempo. Negociei um prazo de um mês e meio para pagar essas parcelas e resolver isso de uma vez por todas.
Eu sei que ninguém aqui tem obrigação de me ajudar. Sei que todos têm suas próprias dificuldades. Mas, nesse momento, Deus colocou no meu coração o peso de pedir apoio à minha família. Eu *não quero e não vou* carregar essa guerra sozinho com meu pai. Já estou exausto de lidar com os problemas que Rodrigo causa. Se não fosse pelas consequências que isso tem trazido para minha mãe, meu pai e minha avó, eu sinceramente deixaria ele enfrentar isso sozinho – e que arcasse com o que viesse, seja a cadeia, seja o pior. Porque, até agora, ele não aprendeu. Parece agir de caso pensado, sem temor a Deus e sem consideração por ninguém.
Cheguei a pensar em pedir um empréstimo no banco através da Maria, para que eu e meu pai fôssemos pagando aos poucos. Mas, depois de tudo o que Rodrigo já fez com ela, eu duvido que ela queira se envolver.
A solução que encontrei foi organizar uma **vaquinha**, onde quem puder e quiser ajudar, com qualquer valor, já estará fazendo uma enorme diferença para amortizar essa dívida. Quero deixar tudo transparente: a vaquinha será pública, para que todos possam ver quem contribuiu. E, cada pagamento que eu fizer, enviarei o comprovante aqui no grupo. Quem quiser ver as conversas com os agiotas, também pode me pedir.
**Reforço: ninguém tem obrigação de ajudar.** Mas, se sentir no coração que deve e puder contribuir, qualquer quantia será bem-vinda.
Se não puder ajudar financeiramente, só peço que ore por nós. Peça a Deus que nos ajude a sair dessa situação e nos livre de mais uma tragédia.
Desde já, peço desculpas por trazer essa situação até vocês e tirar um pouco do seu tempo. Mas, como disse, eu não vejo mais saída. Minha vontade é simplesmente dar uma surra no Rodrigo, porque, se isso acontecer de novo, ou ele vai encontrar o diabo através do veneno, ou nas mãos desses caras com quem ele se envolve. Dessa vez, consegui evitar o pior, mas não sei até quando aguento carregar essa cruz.
Que Deus nos ajude.