
Eu sou Rômulo, faço hemodiálise há 26 anos, enquanto espero por um transplante de rim. Até hoje, nunca consegui realizar o transplante por conta da enorme dificuldade de obter um no Brasil.
Meu médico explicou que eu preciso passar por um tratamento com imunoglobulina, que aumentaria a chance de compatibilidade e de sucesso de um transplante. No entanto, esse tratamento não está disponível no sistema público de saúde, e cada injeção custa, em média, 3.000 reais. Além disso, o tratamento precisa ser feito por meses, o que geraria em média um custo de mais de 300 mil reais.
Recentemente, perdi a minha fístula, que é por onde as agulhas são inseridas para realizar as sessões de hemodiálise. Cada sessão envolve duas agulhadas, totalizando seis por semana. É necessário fazer outra fístula e pelo SUS não há previsao.
Apesar dos obstáculos, sigo firme e não desisto. Agora, preciso fazer uma nova fístula, mas só para realizar o exame necessário o tempo de espera é de meses.
Mesmo enfrentando tantos desafios, não perco a determinação. A luta é diária, mas a esperança e a vontade de vencer me mantêm de pé.