Olá! Me chamo Luana Carlos Feitosa, sou casada, tenho 25 anos e tenho 4 filhos.
Um dia Deus falou em minhas orações que o dia da vitória iria chegar, que o caminho até lá não seria fácil, mas que com fé e perseverança eu iria conseguir, por isso venho contar um pouco da minha história.
Depois de muitas humilhações, sem ter uma moradia que fosse minha, vivendo na casa de um e outro, com meu marido e meus filhos, conseguimos um pedacinho de terra para construir nossa tão sonhada casinha, mas a falta de emprego e recursos em nossa região e as constantes humilhações nos fizeram tomar a decisão de irmos para lá, mesmo sem um teto de fato para nos proteger. Dentro de nossas possibilidades, conseguimos a doação de algumas madeiras, para servir de estrutura e alguns pedaços de lona rasgada para nos proteger do tempo e esse tem sido nosso lar desde então. As condições aqui não têm sido fáceis, vivemos num barraquinho feito de lona, chão de barro, não temos água encanada, dependemos de o caminhão pipa levar para que possamos abastecer alguns recipientes, e dessa forma termos o que beber, como cozinhar, como viver; não temos banheiro, tampouco energia elétrica.
Nossa situação já era bem complicada, de dia pensando o que teríamos pra janta e a noite pensando o que teríamos pro almoço, é muito difícil para um pai e uma mãe verem seus filhos pedindo alguma coisa pra comer e não ter como dar. Vivemos fazendo um bico aqui e ali, para levarmos o mínimo de alimentação para nossa mesa.
A vida já andava bem difícil, mas há pouco tempo atrás o pior pesadelo de todos veio à tona, minha filhinha mais nova, a Kessya, de apenas 11 meses adoeceu, levamos ela até o hospital onde realizaram alguns exames e o diagnóstico me deixou no chão.... Minha filha estava com Leucemia (câncer no sangue) extremamente agressiva, eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo... Por que com ela, por que comigo? Sem ter as respostas que eu precisava, partimos para a batalha mais difícil de todas, tentar salvar a minha filha... Ela ficou internada de imediato, porém o hospital em que estávamos não tinha os recursos necessários, então tivemos que sair da cidade onde morávamos em Balsas/ MA e ir para a Capital São Luiz em busca de tratamento para minha bebê, enquanto estávamos lá, lutando por sua vida, meus outros filhos ficaram aos cuidados de alguns parentes. Desde o momento do diagnóstico dela, recebemos ajuda financeira de amigos, familiares e de pessoas que se quer conhecíamos, para que pudéssemos nos manter enquanto ela estivesse internada, estávamos todos pela Kessya e isso me dava esperança, pois eram muitas pessoas orando pela recuperação dela.
Foram tempos muito difíceis, minha bebê estava sofrendo demais e eu também, porque eu carregava comigo a impotência de não poder fazer nada para ajudá-la... Ela fez a primeira sessão de quimioterapia, ficou muito inchada, sonolenta, diferente da bebê alegre e esperta que eu estava acostumada a cuidar, apesar de todo sofrimento e angústia, eu mantinha firme a fé e a esperança de que ela respondesse bem ao tratamento e que quando estivesse estabilizada, eu pudesse leva-la embora.... mas a realidade era muito diferente daquilo que eu sonhava e que desejava com todo o coração... Minha bebê não estava melhorando e um dia eu vi o brilho no seu olhar se apagando e eu sabia que ali naquele momento, Deus estava colocando suas mãos para acabar com toda a dor e sofrimento que ela sentia e que nem eu e nem os médicos éramos capazes de tirar. Sim, infelizmente minha bebê não resistiu e foi tudo tão rápido, eu não tive nem a chance de poder me despedir dela... Hoje fazem 09 dias que ela se foi, a saudade me destrói a alma quando lembro o quão risonha ela era, quão alegre, quão esperta, quão amada ela foi e continuará sendo até o último dia da minha vida quando finalmente poderemos nos encontrar de novo.
Eu sobrevivo apenas por causa dos meus outros 3 filhos, que ainda são pequenos e que precisam de mim, eles não entendem porque eu voltei pra casa sem a irmãzinha deles e me perguntam o tempo todo quando ela vai chegar em casa, e isso me destrói por dentro, mas preciso ser forte e preciso continuar por eles e para eles...
Hoje os meus outros três filhos estão fazendo acompanhamento médico, pois apresentaram uma anemia profunda, o que acaba me deixando assustada e muito pensativa sobre o que fazer para mudar nossa situação, para dar o mínimo de conforto que eles merecem e precisam, pois as condições em que vivemos são muito precárias....
No período em que estive distante, acompanhando minha filha no hospital, meu barraquinho foi invadido por alguma pessoa sem coração, que não respeitou meu sofrimento, meu luto.... Levaram algumas coisas de lá de dentro e ainda deixaram tudo bagunçado, me pergunto como pode existir pessoas de caráter tão contestável desse jeito que não respeitam nada e nem ninguém e que ainda tiram o pouco de bem material que a gente tem, difícil de acreditar, mas infelizmente essa é a realidade.
Então hoje, venho pedir a ajuda de cada um de vocês, para que consigamos construir uma casinha pequena, simples, mas que para nós será o passo inicial na jornada por uma vida melhor para nós e para nossos filhos. Não queremos riquezas, queremos apenas o mínimo para viver com dignidade nesse mundo tão cruel, que a cada dia nos testa com os mais difíceis desafios ao qual podemos imaginar.
R$ 1,00 para você pode não significar nada, mas para minha família, cada real doado é um bloco a mais que poderemos comprar e um passo a menos rumo ao nosso sonho de uma moradia digna.
Deus abençoe você e sua família e que nunca lhes falte um teto para se protegerem e nem o alimento de cada dia.