VAKINHA PARA COMPRAR EQUIPAMENTOS DO ATLETISMO PARALIMPICO

Eu não nasci deficiente. E, se tivesse que escolher, acho que eu preferia ter nascido. Conhecer a sensação de correr, pular, brincar de pique-e-pega, jogar bola (eu adorava jogar bola!), e depois ter isso tudo tirado de mim é o que mais me dói. Mas Deus tem seus porquês, então eu apenas agradeço e não penso muito nisso. Aos 12 anos, eu tive hipoglicemia, mas fui tratado como epilético por longos meses. Quando, finalmente, acertaram meu diagnóstico e começaram a me tratar, precisaram tirar meu baço e ⅔ do meu pâncreas. Mas já era tarde. Convulsões afetaram meu cerebelo e ao voltar de um coma eu estava preso em um corpo inerte. Foi um longo ano de fisioterapia intensiva para que eu voltasse a fazer coisas básicas, como comer sozinho, de início, e depois andar. Mas a notícia dada pelos médicos era a de que eu nunca mais seria o mesmo. O dano era irreversível, então minha coordenação motora seria para sempre deficiente. Como sempre adorei esportes, ainda na juventude passei a me dedicar à musculação. Lá eu consegui fortalecer meu corpo e minha autoestima. E foi só o começo. Eu me formei em Educação Física e me pós-graduei em Fisiologia do Exercício e prescrição de treinamento. Pratiquei Halterofilismo Paralímpico, Fisiculturismo Paralímpico (Campeão sul-americano; BI campeão brasileiro; BI campeão Norte nordeste) e hoje, com 37 anos, estou no Atletismo - Modalidade (Petra). Já conquistei minha primeira vitória neste esporte. Mas o treinamento é difícil, pois o equipamento é especial e caro. Por isso, para ter o meu próprio equipamento e poder treinar com eficiência, eu organizei uma vaquinha para levantar esse dinheiro. Conto com a sua colaboração! Obrigado por chegar até aqui! Deus o abençoe.