
Meu nome é Daniela, tenho 38 anos. Sou formada em Biblioteconomia mas na minha vida tudo aconteceu de maneiras muito difíceis. Eu perdi minha irmã aos cinco anos num acidente e nunca tive apoio familiar, sofri abuso por cinco anos e isso me causou uma depressão profunda já aos 15 anos, quando quase me suicidei. Meu pai lutou muito, caminhou quilômetros comigo, íamos na Ceasa pegar as frutas que não podiam ser vendidas, mas depois de uma doença grave ele faleceu em 2015. Minha mãe vive comigo mas é analfabeta e nunca conseguiu se aposentar embora trabalhe desde os 12 anos por não ter como comprovar. Em 2015 perdemos a casa que tínhamos num beco no Pinheiro e tivemos que partir para o aluguel. Desde então eu tenho lutado...para me formar, para sobreviver, para não passar fome, pois eu passei muita fome quando criança e vivi na rua. Tudo ficou muito complicado quando fiquei doente e meus exames estavam muito alterados, meus rins estavam comprometidos e eu estava com uma infecção grave e os médicos não sabiam onde. Foi muita luta pra descobrir a endometriose, que era a doença que causava dores fortes, hemorragias e até desmaios desde nova . Em 2023 finalmente eu enfrentei um grande medo e fiz a cirurgia pelo SUS, mas parecia um pesadelo porque eu não melhorei e minhas dores ficaram ainda mais dilacerantes. Com um quadro de muita dor, por muitos dias e muita fraqueza e cansaço a minha depressão piorou. Sou atendida no caps por um psiquiatra e uma psicóloga e uso paroxetina 60 mg, pregabalina 150 mg e clonazepam 2 mg mas também preciso de medicamentos fortes pra dor continuamente. Eu estou passando por uma depressão severa por todos os acontecimentos recentes. Em maio era para eu ter feito novos exames mas veio a catástrofe da enchente. Onde eu moro é alugado e não alagou mas o temporal de janeiro causou muito estrago que até hoje não conseguimos recuperar. Nós perdemos cama, sofá, fogão, mesa, tudo estragou e só conseguimos uma cama até agora. Por conta dos remédios, eu não consigo comprar um tênis, algo básico, e minha mãe nesse frio, aos 69 anos está no centro vendendo isqueiros e pilhas e isso também me abala. Consegui remarcar meus exames no Fêmina e sei que preciso lutar muito contra essa doença, pois o que eu mais quero é trabalhar como sempre fiz antes desse quadro se tornar problemático. Por isso estou pedindo ajuda, eu só me formei graças à ajuda das pessoas e eu sou eternamente grata. Agora eu preciso de ajuda para esse momento difícil em que as contas não esperam, é aluguel, alimentação, remédios e as coisinhas que tenho dentro de casa caindo aos pedaços e eu não posso comprar nem usado. Serei eternamente grata por cada ajuda. Venho de uma origem muito humilde mas sou uma pessoa honesta, que gostaria de estar no outro lado, ajudando alguém, mas a vida é assim, e nos resta lutar e não desistir. Um fraterno abraço a quem leu meu relato. Eu aceito ajuda que não seja financeira 🙏🏼