O Acervo Mucuripe surge como uma maneira de contar a história do Grande Mucuripe da forma presencial ou virtual. O trabalho vem sendo feito de maneira totalmente voluntária por um morador do bairro, Diêgo, que ao longo de dez anos, guardou coisas que ajudaram a concretizar o projeto de história e memória social. São fotos analógicas, livros sobre a cultura do Grande Mucuripe, trabalhos de graduação, postais, e uma infinidade de coisa que não caberia citar tudo aqui - tudo localizado dentro de uma casinha simples no bairro. Um hobby que virou referência pra cidade de Fortaleza, e graças aos seguidores vem ganhando ainda mais força na internet. São muitos que usam os recursos do Acervo: estudantes, pesquisadores, jornalistas e moradores. Cada dia que passa, é uma felicidade muito grande poder compartilhar na rede social tanta coisa boa guardada não só por Diêgo, mas por outros moradores que enviam suas fotos raras desse território histórico e maravilhoso que a gente vive, e que conta um pouco da formação, não só do Ceará mas também do Brasil.
Essa vakinha foi criada para buscar ajuda para que o Diêgo continue o seu trabalho. Atualmente o Acervo é localizado na casa de Diêgo e, na medida em que outras pessoas compartilham informações, o Acervo cresce e precisa de mais espaço físico e digital. Todo o valor arrecadado será usado na compra de equipamentos importantes para o seu trabalho e para que os arquivos sejam disponíveis abertamente para todos.
1. HD externo = R$ 500.00
2. Computador = R$ 2,000.00
3. Impressões e xerox = R$ 300.00
4. Criar um website = R$ 2,000.00
TOTAL
R$ 4,800.00
Agradecemos muito a contribuição de todos - compartilhando essa campanha e doando! Acreditamos no trabalho importante de preservar e compartilhar a memória de Fortaleza e de financiar iniciativas culturais! Junte-se a nós! Siga no Instagram @acervomucuripe e nossa página no Facebook!
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"O Mucuripe que não está nas canções"
Texto adaptado de reportagem para O Povo Online em 11/07/2018 por João Gabriel Tréz. Acesse em: https://www.opovo.com.br/jornal/vidaearte/2018/07/o-mucuripe-que-nao-esta-nas-cancoes.html
Diêgo de Paula é nascido e criado no Mucuripe. Especialista em Gestão Pública pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), ele divide seu tempo entre um trabalho em área administrativa e aquele que faz no projeto Acervo Mucuripe, que idealizou inspirado em iniciativa anterior, de Verinha Miranda - "referência na criação e continuidade da pesquisa sobre memória e história local".
Mesmo chegando a morar em Caucaia durante a infância, nunca deixou de ter um pé no local de nascimento. Essa relação inicialmente afetiva foi tomando novos rumos na medida em que ele ia estudando e descobrindo o direito à Cidade, o Laboratório de Estudos da Habitação (LEHAB) do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) e diversos grupos e coletivos voltados "pra essa questão social".
A essas descobertas, se adicionou em paralelo, o hobby que o jovem começou a ter em 2008 de juntar livros, fotos e vídeos sobre o Mucuripe. "Comecei a subir em coberturas de hotéis da orla para tirar foto lá de cima do Serviluz, do Castelo Encantado, Morro Santa Terezinha. Fui percebendo as mudanças. A duna sumindo, a ocupação chegando, o poder público não fazendo nada por aquilo", remonta. Através de amigos, família, vizinhos e pessoas que conheciam o gosto de Diêgo pelo Grande Mucuripe, livros, filmes, documentos, jornais antigos e outros materiais foram sendo entregues a ele. Com o crescimento dos guardados, o projeto levou o nome de Acervo Mucuripe e foi parar nas redes sociais.
A partir da internet, mais colaborações foram sendo somadas. "A partir disso, pensei que precisava compartilhar, não podia ficar só pra mim. Em 22 de fevereiro de 2017, o Acervo abriu em um espaço físico. Como não tinha como ser em outro lugar, foi na minha própria casa", explica. O acesso aos materiais é aberto e pode ser combinado pela página do Facebook ou pelo e-mail acervomucuripe@gmail.com. "Livros que têm duas edições aqui podem ser emprestados, mas os que são única edição têm que ser consultados aqui. Mas a pessoa pode folhear, ler, passar a manhã inteira", convida.
"O acervo é construído coletivamente, mas eu que organizo. Gostaria que fossem mais pessoas ajudando", admite Diêgo, que sonha em poder viver do projeto. "Ainda não dá, mas gostaria muito. Viver da cultura. Eu não tenho nenhum apoio governamental, mas nem faz falta. Eu ficaria muito amarrado a órgãos. Acho que dá pra alcançar esse sonho por outros meios", confia.
O Acervo Mucuripe surge como uma maneira de contar a história do Grande Mucuripe da forma presencial ou virtual. O trabalho vem sendo feito de maneira totalmente voluntária por um morador do bairro, Diêgo, que ao longo de dez anos, guardou coisas que ajudaram a concretizar o projeto de história e memória social. São fotos analógicas, livros sobre a cultura do Grande Mucuripe, trabalhos de graduação, postais, e uma infinidade de coisa que não caberia citar tudo aqui - tudo localizado dentro de uma casinha simples no bairro. Um hobby que virou referência pra cidade de Fortaleza, e graças aos seguidores vem ganhando ainda mais força na internet. São muitos que usam os recursos do Acervo: estudantes, pesquisadores, jornalistas e moradores. Cada dia que passa, é uma felicidade muito grande poder compartilhar na rede social tanta coisa boa guardada não só por Diêgo, mas por outros moradores que enviam suas fotos raras desse território histórico e maravilhoso que a gente vive, e que conta um pouco da formação, não só do Ceará mas também do Brasil.
Essa vakinha foi criada para buscar ajuda para que o Diêgo continue o seu trabalho. Atualmente o Acervo é localizado na casa de Diêgo e, na medida em que outras pessoas compartilham informações, o Acervo cresce e precisa de mais espaço físico e digital. Todo o valor arrecadado será usado na compra de equipamentos importantes para o seu trabalho e para que os arquivos sejam disponíveis abertamente para todos.
1. HD externo = R$ 500.00
2. Computador = R$ 2,000.00
3. Impressões e xerox = R$ 300.00
4. Criar um website = R$ 2,000.00
TOTAL
R$ 4,800.00
Agradecemos muito a contribuição de todos - compartilhando essa campanha e doando! Acreditamos no trabalho importante de preservar e compartilhar a memória de Fortaleza e de financiar iniciativas culturais! Junte-se a nós! Siga no Instagram @acervomucuripe e nossa página no Facebook!
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"O Mucuripe que não está nas canções"
Texto adaptado de reportagem para O Povo Online em 11/07/2018 por João Gabriel Tréz. Acesse em: https://www.opovo.com.br/jornal/vidaearte/2018/07/o-mucuripe-que-nao-esta-nas-cancoes.html
Diêgo de Paula é nascido e criado no Mucuripe. Especialista em Gestão Pública pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), ele divide seu tempo entre um trabalho em área administrativa e aquele que faz no projeto Acervo Mucuripe, que idealizou inspirado em iniciativa anterior, de Verinha Miranda - "referência na criação e continuidade da pesquisa sobre memória e história local".
Mesmo chegando a morar em Caucaia durante a infância, nunca deixou de ter um pé no local de nascimento. Essa relação inicialmente afetiva foi tomando novos rumos na medida em que ele ia estudando e descobrindo o direito à Cidade, o Laboratório de Estudos da Habitação (LEHAB) do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Ceará (UFC) e diversos grupos e coletivos voltados "pra essa questão social".
A essas descobertas, se adicionou em paralelo, o hobby que o jovem começou a ter em 2008 de juntar livros, fotos e vídeos sobre o Mucuripe. "Comecei a subir em coberturas de hotéis da orla para tirar foto lá de cima do Serviluz, do Castelo Encantado, Morro Santa Terezinha. Fui percebendo as mudanças. A duna sumindo, a ocupação chegando, o poder público não fazendo nada por aquilo", remonta. Através de amigos, família, vizinhos e pessoas que conheciam o gosto de Diêgo pelo Grande Mucuripe, livros, filmes, documentos, jornais antigos e outros materiais foram sendo entregues a ele. Com o crescimento dos guardados, o projeto levou o nome de Acervo Mucuripe e foi parar nas redes sociais.
A partir da internet, mais colaborações foram sendo somadas. "A partir disso, pensei que precisava compartilhar, não podia ficar só pra mim. Em 22 de fevereiro de 2017, o Acervo abriu em um espaço físico. Como não tinha como ser em outro lugar, foi na minha própria casa", explica. O acesso aos materiais é aberto e pode ser combinado pela página do Facebook ou pelo e-mail acervomucuripe@gmail.com. "Livros que têm duas edições aqui podem ser emprestados, mas os que são única edição têm que ser consultados aqui. Mas a pessoa pode folhear, ler, passar a manhã inteira", convida.
"O acervo é construído coletivamente, mas eu que organizo. Gostaria que fossem mais pessoas ajudando", admite Diêgo, que sonha em poder viver do projeto. "Ainda não dá, mas gostaria muito. Viver da cultura. Eu não tenho nenhum apoio governamental, mas nem faz falta. Eu ficaria muito amarrado a órgãos. Acho que dá pra alcançar esse sonho por outros meios", confia.