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II Mostra de Cinema Negro Brasileiro

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II Mostra de Cinema Negro Brasileiro
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Vaquinha criada em: 29/04/2019

Permanecer. Em todos os sentidos, manter-se de pé.

Difundir a arte negra não é pouco. É, em essência, celebrar a vida de cada indivíduo negro em um Estado que se fez e faz acima de tudo e acima de todos sobre o permanente genocídio do povo preto. O Cinema Negro é fundamentalmente um ato de sobrevivência, um ato de sobreviventes. Fundamentalmente, reitero. Manter a vida devia ser o inquestionável. Para além disso, e os nossos sonhos, desejos, afetos, ciências e empreendedorismo, quantas vezes mais serão trucidados?

Andrei Bueno CarvalhoBea Gerolin e Kariny Martins são três jovens realizadores e produtores audiovisuais negros estabelecidos em Curitiba. Foi através de seus sonhos, desejos, afetos, ciências e empreendedorismo que aconteceu em 2018 a primeira Mostra de Cinema Negro Brasileiro, trazendo estas imagens e sons preenchidos de vida à Cinemateca da capital do Sul do país com maior população negra. Foram mais de vinte filmes vindos de quatro regiões do país, todos protagonizados, dirigidos e/ou roteirizados por pessoas negras. Três dias de uma Cinemateca lotada e de intenso fortalecimento na troca entre os filmes, as convidadas e convidados das mesas de debate e o público.

Daqueles dias ficou a certeza de que a Mostra de Cinema Negro Brasileiro não poderia se tornar apenas uma boa lembrança. Há em Curitiba uma enorme lacuna de ocupação dos espaços culturais da cidade por produções negras e pelo público negro. É nossa missão estabelecer ações contínuas que possam suprir essa demanda. Desde então, a equipe idealizadora da Mostra tem trabalhado, concebendo dois diferentes projetos visando a difusão do Cinema Negro em Curitiba, “GRIÔ”, um festival competitivo do Cinema Negro brasileiro contemporâneo e a “AFRIKA XX”, uma mostra do cinema africano pioneiro, ambos projetos propostos em editais do município ou fundos de organizações públicas.

Enquanto aguardamos para o próximo ano o resultado destes editais, a gente responde a estagnação geral que paira sobre o audiovisual em 2019 com nossa força de seguir em movimento. De 01 a 04 de agosto, a II Mostra de Cinema Negro Brasileiro vai acontecer. E pra que a gente siga de pé, cada contribuição na campanha de financiamento coletivo é fundamental à estruturação de uma campanha efetiva de comunicação e de transporte com foco no público negro periférico, viabilizar a vinda de convidadas e convidados e também minimamente pagar profissionais que trabalharão na Mostra.

Somando-se à múltipla programação de filmes do Cinema Negro Brasileiro contemporâneo, uma grande novidade deste ano é o LABORATÓRIO GRIÔ. A partir de chamada pública para todo o território brasileiro, serão selecionados 09 projetos em fase de desenvolvimento (03 curtas, 03 longas e 03 séries) escritos e protagonizados por pessoas negras, que serão contemplados com três dias de consultoria, já confirmados Henrique Dos Santos e Viviane Ferreira como consultor e consultora.

Além do Laboratório, Viviane Ferreira, presidente nacional da Apan - Associação dos/as Profissionais do Audiovisual Negro também vai estar durante a II Mostra em uma RODA DE CONVERSA com apanianos e interessados em se associar, falando de Ações Afirmativas no Audiovisual e possibilidades de negócios de empresas vocacionadas para conteúdos identitários.

Também é presença confirmada na II Mostra de Cinema Negro Brasileiro a documentarista Everlane Moraes, que ministrará a OFICINA “O CINEMA E O ESPELHO”, em que esmiuça durante três dias seus processos criativos de realização, atravessando temas como a diáspora, o olhar iconográfico, a reflexividade no documentário e a descolonização do olhar.

A partir de levantamentos estatísticos dos bairros curitibanos organizados pelo Instituto Ippuc em 2015, elencamos os bairros que possuem maior população negra, e, percebendo que estes mesmos também figuram entre os de menor rendimento médio mensal da cidade, fica evidente a intersecção de fatores étnico raciais e de classe/renda. Assim, a II Mostra de Cinema Negro Brasileiro quer utilizar dos recursos da campanha de financiamento para estruturar uma campanha sólida de comunicação direcionada à bairros como Prado Velho (região da Vila Torres), Ganchinho, Tatuquara e Campo de Santana, São Miguel e Augusta, Sítio Cercado, Cidade Industrial, Cajuru e Cachoeira, estabelecendo contato com lideranças locais, fazendo distribuição de materiais gráficos em pontos estratégicos e circulando com carro de som pelas ruas destas regiões. Além disso, as metas de arrecadação ainda incluem valor destinado ao fretamento de micro-ônibus durante três dias, a cada dia contemplando uma destas regiões: Vila Torres, Ganchinho e Tatuquara/Campo de Santana, possibilitando a ida e vinda para moradores destes bairros interessados em comparecer no evento, usando critérios de autodeclaração racial e inscrição por ordem de chegada.

A Mostra de Cinema Negro Brasileiro está de volta e precisa de apoio. Vem junto com a gente pra fazer ela acontecer.

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Insta: @mostradecinemanegrobr

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