Filho de Erinlè e Oxum, nascido na Bahia, Tacun Lecy desenvolve pesquisas e documentações fotográficas sobre as culturas afrobrasileiras, com o eixo centrado nos Candomblés Jeje-Nagô do Recôncavo Baiano e nas Comunidades Remanescentes de Quilombos. Ao longo da sua trajetória como fotógrafo, iniciada em 2009, Tacun Lecy vem dialogando, registrando, escrevendo e contribuindo para a salvaguarda de memórias, saberes e fazeres ancestrais, propondo novas narrativas sobre tradições e culturas dos povos negros na Bahia, pela perspectiva do “olhar de dentro” de um indivíduo que pertence a esse contexto.

Fotógrafo premiado, é autor dos livros ÌYÈÈFUN: Farinha dos Humanos, Alimento dos Deuses (2015 Bahia/BRA) – fruto da exposição individual homônima – e Olhares sob a Pandemia (2020 Bahia/BRA). Sua obra fotográfica está presente em diversos projetos nacionais e internacionais, entre eles: Conversa Quilombola: Artesanato e Tradição do Quilombo de Campo Grande (2012 Bahia/BRA • livro); Fotografe o Brasil (2013 São Paulo/BRA • expo); Los Trabajos Y Los Días (2013 Medelin/COL • expo); Corpo-Imagem dos Terreiros (2014 Distrito Federal/BRA • expo/livro); Diáspora e Ancestralidade (2015 Bahia/BRA • livro); Axé Bahia: The Power of Art in an Afro-Brazilian Metropolis (2017-2018 Califórnia/EUA • expo/livro); 150 Fotos Pela Bahia: O Registro (2020 Bahia/BRA • expo); Vozes Sagradas do Recôncavo: Leitura Registro e Salvaguarda do Patrimônio Sagrado (2021 Bahia/BRA • livro); Selling Black Brazil: Race, Nation, and Visual Culture in Salvador, Bahia (2022 Texas/EUA • livro); Festa de Iemanjá 100 Anos (2023 Bahia/BRA); Ecologia de Sentidos: Panorama da 3° geração da Fotografia da Bahia 2024/2025 (Nordeste/BRA).

Foi indicado ao Foam Paul Huf Award (2023 Amsterdã, Holanda) e apresentou a sua obra no Cobra Museum voor Moderne Kunst (2024 Amstelveen, Holanda). Também integrou o projeto de intercâmbio Raiz/Racine, apresentando a música afro-pop-brasileira, ministrando oficinas sobre história, cânticos e toques dos candomblés e participando de mostra fotográfica (Toulouse, França).

Em 2025 participará da exposição Um Olhar Negro, o Negro Olhar: Antologia da Fotografia Negra da Bahia, na Caixa Cultural Salvador e realizará o seu projeto de residência artística Povo de Sàngó: Diáspora e Ancestralidade Iorubanas, que foi contemplado no edital de Mobilidade Cultural da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Oyó, Nigéria).

O artista e a sua obra integram o acervo permanente do Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana.

Além de fotógrafo e pesquisador, Tacun Lecy é filho, pai, avô, produtor cultural, cantor do grupo Os Soldados de Ògún, diretor executivo da Omo Erinlè Comunicação e Babalaxé do Terreiro Raiz de Ayrá.