Escrito por: Alex Torrealba
Vakinha, a cultura de doar para a... cultura
Campanhas online ajudam a fomentar a cultura no Brasil, tornando-se uma ferramenta ainda mais valiosa na pandemia

Quem lida com cultura no Brasil sabe quanto é complicado obter recursos para viabilizar os projetos. Entretanto, a dedicação é necessária. Afinal, como destacou o poeta Ferreira Gullar, a arte existe porque a vida não basta.

Com projetos de lei ligados ao setor restritos ou extintos, a tecnologia ganhou um peso ainda maior para facilitar a vida de todos. Por essa razão, o Vakinha, um dos sites mais conhecidos e qualificados destinados à arrecadação de dinheiro pela internet, recebeu holofotes mais poderosos nesse tenso processo de sobrevivência do setor.

Projetos como a produção de livros, discos ou montagens teatrais são exemplos disso. Se antes a busca pelo público dessas iniciativas acontecia com o produto já pronto, agora a situação ficou bem diferente.

Cada vez mais esse grande empurrão é necessário para que possam acontecer efetivamente. E as campanhas online tornam tudo isso acessível para que as pessoas participem do processo não apenas como espectadores.

“Não existe nenhum requisito prévio. O Vakinha aborda todas as causas e as pessoas podem criar uma vaquinha online por meio do site”, afirma Luiz Felipe Gheller, CEO do site.

Benefícios para a cultura

Criar uma campanha online para promover a cultura é fácil. Para se cadastrar na página são necessárias apenas algumas informações básicas, como: nome completo, e-mail, CPF, telefone, CEP, além de uma senha para acessar a campanha e fazer doações.

“O criador da vaquinha pode colocar o prazo para arrecadar e fazer essa alteração a qualquer momento”, lembra Gheller, ressaltando ainda mais as facilidades oferecidas pela página, que possui completo suporte para solucionar quaisquer dúvidas que venham a surgir.

Não bastasse isso, o Vakinha dispõe de espaço para que o criador da campanha publique minuciosos detalhes e provas de que é real a busca pela disseminação da cultura.

Isso, aliás, é algo fundamental para que as pessoas não desconfiem do projeto e de suas intenções, ainda que o site seja dotado de credibilidade, conquistada com a longa estrada já percorrida, além dos dispositivos de segurança existentes.

Campanhas vitoriosas

A pandemia da Covid-19 fez com que o trabalho do Vakinha ganhasse ainda mais importância em todos os setores da economia que precisavam sobreviver, como a cultura.

As portas fechadas para evitar a circulação de pessoas intimidavam tanto quanto os rostos cobertos pelas máscaras como forma de proteção contra a doença. E com as iniciativas artísticas, obviamente, tornou-se até pior.

Não à toa foi criada uma frase que ficou famosa durante os períodos mais sombrios da epidemia, justamente pela verdade nela contida: “O setor cultural foi o primeiro a parar e será o último a voltar”.

Virou um triste mantra, a ser obedecido em meio às circunstâncias. O artista precisava do calor e do aplauso de seu público, consequência natural e habitual de seu trabalho. Entretanto, isso não era possível.

Para se ter uma ideia da extensão do drama, o Governo Federal divulgou dados mostrando que o setor da cultura deixou de faturar quase R$ 91 bilhões no Brasil até fevereiro do ano passado.

Com isso, cerca de 400 mil empregos formais na área acabaram perdidos. Afinal, o trabalho artístico não se restringe ao criador daquela peça, música ou show. Há todo um estafe envolvido para que a magia vire realidade. E foram números que se elevaram, até porque a pandemia seguiu firme e teve vários momentos de recrudescimento.

Diante disso, os boletos não iriam esperar e, em muitas ocasiões, o artista ia aonde o povo estava, lembrando o compositor Milton Nascimento, mas não exatamente como ele cantou com maestria. Neste caso, era em razão de outra profissão que estava desempenhando, cumprindo uma difícil travessia deste momento.

Mas os que insistiram...

Outros, no entanto, insistiram em desempenhar sua principal atividade e recorreram ao Vakinha para seguir concretizando seus ideais. Até porque, como diz a música, quem tem um sonho não dança. E o site existe justamente para isso: transformar projetos em realidade, mediante arrecadação de recursos pela internet.

A escassez dos espetáculos fez com que muitos artistas acessassem a página e realizassem campanhas online para conseguirem se manter, trabalhando de alguma forma na promoção da cultura. Assim, lives musicais surgiram aos montes, custeadas pelo apoio popular, para ficar em um exemplo simples.

Desta forma, projetos foram desenvolvidos durante a pandemia, enquanto outros tantos abandonaram gavetas nas quais estavam guardados há tanto tempo que nem os criadores sabiam calcular.

O cenário de pandemia da Covid-19 democratizou o trabalho de artistas dos mais diversos ramos e projeções, abandonando a hierarquia que o mercado costuma proporcionar, destacando este ou aquele, deixando o veredicto final para o público.

E a plataforma já sabia bem o que era isso desde sua criação, ao abrir igualmente seus espaços para fomento de iniciativas importantes.

“O Vakinha se posiciona como uma plataforma de doações que ajuda todas as causas, sem dar preferência para nenhuma. Tratamos com igualdade todas as campanhas”, lembra Gheller, ressaltando a pluralidade da página enquanto facilitadora de ações culturais e de diversas áreas via internet.

Quer saber mais sobre como criar uma campanha online ou promover uma doação? Então é só acessar a página do Vakinha.

Escrito pelo Estadão Blue Studio

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