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Vida digna para Luana

ID: 25250
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Criada em: 12/10/2015
Vida digna para Luana
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Oi, meu nome é Dara. Por inúmeros motivos, não posso usar aqui identidades reais (nem a minha nem a da pessoa sobre a qual falarei), então me identificarei assim e identificarei como Luana a protagonista dessa história. Apesar dos nomes fictícios, a história é real e, infelizmente, é a realidade de muitas travestis e transexuais no Brasil (todos as estatísticas citadas aqui têm como fonte a ANTRA). Assim como eu, Luana é trans. Ela tem 35 anos e por muito tempo precisou se prostituir para sobreviver. Se você acha isso chocante, saiba que esse é o destino que a sociedade designa a nós. É por esse motivo que cerca de 90% da comunidade trans no Brasil se prostitui ou já precisou se prostituir. Por ser trans, Luana não consegue um emprego e ainda mora com os pais, mas lida diariamente com a discriminação dentro da própria casa. Além de ter sido espancada durante toda a adolescência pelo pai, ela ainda é humilhada todos os dias até hoje, e os pais a pressionam para que ela saia de casa o quanto antes. Tudo o que sei é "por alto", porque ela não comenta muito, o que significa que pode ser pior do que eu imagino que seja. Ao conhecer Luana, decidi ajudá-la. Ela vai fazer o ENEM e quer passar em Psicologia. Desde então, tenho ajudado ensinando-a algumas matérias para o vestibular, além de ter doado todo o meu material para que ela pudesse conquistar uma nota suficiente para passar no curso que quer (e temos esperança disso!). A transfobia que ela vivencia dentro de casa é tão grande que ela não tem direito às coisas mais básicas (ela não vê TV, por exemplo, porque não pode ficar na sala). Ela está resistindo e suportando porque não quer voltar a se prostituir. Conversando com ela hoje, ela me contou que acabaram os papéis em que ela pratica redação, só havia restado um. Sugeri a coisa mais óbvia: que tirasse xerox. Ela me contou que não tinha dinheiro para isso. Quanto custa uma xerox? 10 centavos? 15? 20? Em que situação vive um ser humano que não tem dinheiro para fazer xerox para conseguir estudar dignamente? É humilhante, degradante e causa uma revolta misturada com nojo da sociedade em que nos inserimos. Precisamos ajudar Luana. Porque a existência dela e de outras pessoas trans não pode mais ser ignorada. A voz de Luana e de outras pessoas trans não pode mais ser invisibilizada. Não podemos fingir que não está acontecendo. Até quando precisarei ir dormir com medo de acordar e ler/ouvir que uma pessoa trans que conheço morreu? Quantas de nós já morreram? Quantas de nós ainda precisarão morrer? Eu não quero seus aplausos. Eu não que você me admire por estar fazendo isso.Eu não quero que tire o seu chapéu para mim. Não faço isso por bondade ou compaixão, mas por necessidade de ter vivas as pessoas que são como eu. Do que adianta aplaudir e permanecer no conforto dos braços cruzados? Estou estabelecendo uma meta de R$ 3.000 reais para que Luana possa sair de casa em 2016 e se virar por um tempo. Isso não é muito, mas é suficiente para começar. Ela mora no Ceará e também precisa de emprego, então toda ajuda é bem-vinda. Se você, por algum motivo, não puder doar nem arrumar um emprego, então divulgue esse link no seu Facebook, marque amigos que talvez possam ajudar e peça para que as pessoas compartilhem. Toda ajuda é bem vinda. Criei um e-mail para qualquer dúvida que vocês tenham: contatodara@hotmail.com. Se você doou e quer acompanhar o rumo da sua doação, mande e-mail. Por favor, eu imploro para que ajudem Luana.
Você e a vaquinha concorrem a R$ 15 MIL
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