Vaquinha URGENTE - tempestades ameaçam bioconstrução -Moçambique

 EMERGÊNCIA - BIOCONSTRUÇÃO EXPERIMENTAL - MOÇAMBIQUE

Devido às fortes tempestades que atingiram a região de Dondo, nas proximidades do reassentamento de Mandruzi - Moçambique, durante a última semana, nossos voluntários estão enfrentando inúmeras dificuldades para finalizar a  implantação do modelo que foi criado para testar e levar a oportunidade de Bioconstrução aos desabrigados e sobreviventes do ciclone IDAI  ou de outros fenômenos naturais, são recorrentes em todo o país.

A técnica que está sendo implementada para estudo e possível disseminação entre os povos africanos  foi inspirada no Hiperadobe,  que consiste na utilização de sacos raschel (os mesmos empregados como embalagem para hortifrutis) porém, em nossa versão inusitada, serão preenchidos com terra retirada de cupinzeiros abandonados. Através de compactação manual, as camadas se estabilizam em um material consistente e seguro e, dispostas uma sobre as outras, dão origem às paredes largas e resistentes.  O acabamento é feito com uma massa que leva cimento e areia e é aplicada sobre o rashel para reforçar e revestir as paredes.  Além de barata e sustentável,  já que utiliza recursos naturais e disponíveis na região, trata-se de uma modalidade  de construção  relativamente rápida e bastante versátil. Quando aplicada em circunferência,  atinge maior estabilidade estrutural através da própria geometria.  Ao alcançar a altura das paredes, inicia-se a redução progressiva da medida do diâmetro de cada camada, até que se feche o circulo central,  permitindo a construção de domos que dispensam a utilização de telhados.

Para isso, no entanto, faz-se necessário o isolamento perfeito das paredes, evitando qualquer tipo de umidade, em especial durante o processo de cura - que varia de acordo com diversos fatores como a umidade, granulometria, natureza  e composição das partículas da terra utilizada . Não é possível garantir a segurança para a construção do domo se as paredes não estiverem firmes e a estrutura não estiver validada.

Primeira fase do projeto -  "protótipo", no Brasil

Ao longo de 2019, realizamos a construção de uma casa, no Brasil, a fim de conhecer a técnica e entender as dificuldades que estavam por vir. Em contato com outros colaboradores, acompanhamos as obras e pudemos entender todos os processos. 

Segunda Fase - Construção Experimental em solo Africano e utilização do cupinzeiroDia 01 de Janeiro de 2020 demos início às obras em Dondo - Moçambique.

Tudo corria bem!

Muitas pessoas da comunidade participavam ativamente e todos estavam animados com as novas possibilidades. Não é como construir no Brasil...  A sensação térmica chega a 43 graus. Não há água gelada ou chuveiro para banho. Dezenas de crianças  cercam  a obra  e assistem a cada movimento sofrido dos trabalhadores. Não é fácil! A terra é pesada e o cansaço não ajuda! Mas a chuva chegou...Quando o sol resolveu dar uma trégua, a chuva veio com força e persistência . Períodos de até 32 horas intermináveis de muita água, telhas  das casas voando, casinhas caindo e muita gente ao relento. 

Os esforços de toda equipe não foram suficientes para garantir que as paredes não ficassem expostas, diante de tamanha força da natureza. Somente hoje o sol apareceu e com ele foi possível avaliar.Algumas camadas de hiperadobe foram gravemente comprometidas e precisaram ser refeitas de forma integral. 

As paredes abaixo delas estão firmes, mas a terra utilizada é diferente da terra dos nossos estudos e protótipo construído no Brasil. Suas propriedades  e cura ainda são desconhecidas e incertas. 

A obra segue, mas... por motivos de segurança,  prazo e condições adversas, a indicação do domo (o fechamento acima das paredes, dispensando o telhado) deixou de ser uma possibilidade, neste momento. Precisamos da sua ajuda para salvar todo o trabalho, suor e esperanças que foram depositadas neste projeto!Como plano de contingência , faz-se necessário a construção de um telhado sobre as paredes já construídas, a fim de garantir que o processo de cura seja finalizado e posteriormente, possamos concluir o estudo do comportamento da matéria prima utilizada, quando exposta ao clima moçambicano. 

 Vamos fazer uma vaquinha? Estes custos não estavam previstos e precisamos de fundos para dar continuidade ao projeto. Ao viabilizarmos o telhado para a cobertura da obra, será possível proporcionar a segurança do processo de cura das paredes para futuro estudo e monitoramento e, após o período de testes previstos para  6 a 8 meses, a construção modelo poderá enfim ser aprovada como opção alternativa de construção resiliente e replicável pela comunidade.Entre em contato para saber outras formas de doar! whatsapp: 41 99232-9999Link direto para doação | Copie e cole no seu navegador: https://pag.ae/7ULxPUKnGCaso prefira doar transferindo para nossa conta, seguem os dados: