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Vaquinha da Esperança

ID: 1497618
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Criada em: 27/10/2020
Vaquinha da Esperança
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Fui diagnosticada em 2017 com Sarcoma de Partes Moles no ombro esquerdo, como o nódulo era muito grande (12x10cm) fui encaminhada para atendimento de oncologia com urgência; A primeira opção de cirurgia era a de desarticulação do membro, mas como o procedimento era invasivo demais o médico fez o possível para manter o braço (fiquei com algumas sequelas permanentes mas ainda assim foi bem melhor que a desarticulação); Após a cirurgia fiz ciclos de quimioterapia (cada ciclo composto por 3 dias seguidos de medicação, sendo o início às 7:30 e o término entre 15h e 16h); Após a quimioterapia fiz 30 sessões de radioterapia.

Comemorei a remissão em novembro de 2017!!! Fiz cirurgias para liberação de movimento do braço e permaneci em acompanhamento.

Durante os procedimentos de drenagem linfática (necessário para auxiliar a circulação do braço esquerdo) descobri em 11/2019 o aparecimento de um nódulo na região do bíceps e passei por nova cirurgia de ressecção, nos exames da mesma data foi identificado o aparecimento de um nódulo no pulmão do lado esquerdo (mas ele foi ignorado pelo meu até então oncologista). O material foi para biópsia, mas por erro do laboratório o laudo não trouxe nenhuma informação importante e o material foi destruído por essa análise.

Em 06/2020 comecei a ter dores crescentes no braço e houve dias em que ele não tinha movimento, quando as dores pioraram procurei novamente o médico e após exames foi identificada uma recidiva local.

Por indicação médica, troquei de oncologista pois o nódulo que foi ignorado pelo meu médico em 11/2019 não estava mais sozinho, além da recidiva local houve o aparecimento de mais um micronódulo  no pulmão esquerdo.

Comecei o tratamento novamente, o planejamento era de 2 sessões de quimioterapia, cirurgia e mais quimioterapia.

Fui chamada pela nova oncologista ao consultório, juntamente com o cirurgião para informar que a melhor alternativa seria a desarticulação do braço esquerdo. Não havia chances significativas de que a quimioterapia ajudasse a melhorar o espaço para cirurgia, pois o ombro já havia passado por muitos procedimentos e não teria como operar de forma segura. Ainda assim optei por fazer a quimioterapia como tentativa. Procurei pelo particular uma segunda opinião no Ac Camargo, referencia em tratamento de câncer e descobri que a desarticulação não seria a primeira opção de tratamento (essa era a mais prática). Após a quimioterapia novos exames e os nódulos não foram alterados, não houve resposta; A médica disse que era o momento de fazer a cirurgia, em consulta com o cirurgião informei que não concordava com a desarticulação e ele disse que  então faria a cirurgia como eu queria, mas que eu ja tinha conhecimento das sequelas e consequências.

Em nova consulta com a oncologista após entregar os exames pré cirúrgicos, ela informou que não havia mais planejamento de tratamento e que minha estimativa de vida seria de 6 meses a 1 ano e que eles fariam o possível para me manter confortável nesse período, mas que poderia procurar alguns médicos e verificar se havia estudos em aberto para que eu pudesse participar.

Entrei em contato com uma médica que ela indicou, que me disse que embora o Sarcoma de Partes Moles seja um câncer extremamente agressivo é possível continuar o tratamento e que tenho muito mais tempo do que a médica disse e que é imprescindível que a cirurgia seja realizada o quanto antes, que confia extremamente no trabalho do cirurgião que não optou pela desarticulação e que não poderia indicar ninguém melhor para realizar a cirurgia, pois ele também é especialista em Sarcoma.

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