Hoje conheci a Silvia, essa bebêzinha. Silvia é filha da Darline, que veio há um ano refugiada do Haiti para tentar um vida melhor no Brasil, e seu marido viria logo depois, mas ainda não conseguiu.
Darline, fala francês, mas tava se virando como podia trabalhando aqui, até que descobriu que veio grávida! Silvia nasceu há 4 meses, e a mãe dela tem mais uma preocupação: dar o que comer e dar moradia para essa pequena. Mas e como se não tem com quem deixar a pequena? É foda viu!
Depois que teve a Silvia, sobrevive com o que recebe de doação e ajuda, pois é dificil encontrar algum lugar que de para trabalhar e levar o bebê junto, ou então que tenha algum conhecido que fique com a nenêzinha. Aí eu penso, se não é fácil ser mulher, branca, e cheia de privilégios (na verdade é bem fácil né?). Mas vocês já pensaram ser: mulher, negra, refugiada, “mãe solteira”, desempregada e longe da família? Pois é, e nem por isso essa mulher deixa de sorrir. Ela tem raríssimo contato com a família, pois por mais que pareça comum para nós, mas ela não tem celular e acesso à comunicação. O que ela mais quer agora, é que seu marido consiga vir logo para poderem se ajudar e trabalhar para criar a Silvia. Mas ainda não conseguiram.
A idéia da vaquinha é ajudar a Darline e a Silvia a terem, pelo menos o minimo comida, roupa e higiene e também se possível trazer o marido dela pro Brasil para poderem juntos se revezarem para trabalhar e cuidar da Silvia.