Em janeiro deste ano recebemos a notícia de que ela foi diagnosticada com câncer. A rotina de consultas, exames e esperas tem sido desumana. Esperamos por mais de 2 meses pela confirmação de um exame que apontaria qual tipo de melanoma se tratava, e qual o tratamento mais adequado. Dois meses. Dois meses que, para quem espera e para quem está com uma doença onde o tempo é determinante, foram agoniantes.
Com a chegada do resultado, a equipe médica decidiu que o melhor tratamento atualmente disponível para minha mãe seria o uso de uma terapia aprovada pela ANVISA em abril de 2016 - Nivolumab. O problema? Trata-se de uma terapia extremamente cara e que não é fornecida pelo SUS. Entramos, então, com um pedido judicial para que o tratamento fosse fornecido.
Após o pedido feito, a avaliação de um perito e mais dois meses de espera, veio a sentença da juíza: tratamento negado. Motivo? Custo muito elevado, como foi apontado pelo perito. Este um médico.
Recorremos da sentença. Há poucas semanas o novo parecer do perito sobre o caso foi publicado. O que foi alegado, em suas palavras: 'a questão crucial a ser definida é se o Estado deve arcar com este custo para “se fazer algo” ou não.'
Afinal, quanto custa uma vida? Ela pode ser medida em valores? Eu e minha família não temos como arcar com o custo de tal tratamento. Enquanto aguardamos a segunda decisão da juíza do caso, minha mãe vem esperando. E piorando.
Eu, definho a cada dia - vendo ela progressivamente perder os movimentos, a fala, a lucidez, a capacidade de se alimentar e de usar o banheiro sozinha - aguardando que alguém em uma sala decida com uma canetada se minha mãe e a vida dela valem o custo desse tratamento. Meu pai joga semanalmente na loteria, na esperança de que ele acerte as dezenas sorteadas e possamos pagar pelo tratamento.
Nós, familiares, pedimos a ajuda de todos nesta luta para que possamos dar o melhor tratamento possível para nossa mãe. Os custos mensais para o caso dela giram em torno de 38 mil reias. Mas, qualquer ajuda é bem-vinda, para que possamos ao menos dar um conforto maior para nossa mãe, amenizando o sofrimento de toda a família.
As doações podem ser feitas, também, em depósito bancário:
Maikel Bonilha Gaitkoski
Banco do Brasil
Ag 0153-8
Conta C 31327- 0
CPF: 030.477.560-66