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TARJA PRETA

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TARJA PRETA
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Vaquinha criada em: 11/02/2016
Sou um escritor baiano, poeta, jornalista, blogueiro, resenhista, colaborador de alguns portais de cultura e ex-professor de Literatura que começou a carreira nas letras em 1998, num fanzine tosco chamado Literatura Clandestina que, na verdade, era uma folha de A3 colada nos banheiros dos cinemas do Circuito Sala de Arte, de fronte às latrinas, que posteriormente virou um blog de sucesso durante dez anos (2003-2013), mas que foi retirado arbitrariamente da rede por censura referente, segundo os desinformados administradores, textos de cunho anti-governo, como se a gangue do PT precisasse de um blog para se queimar, gerando uma ação em andamento na Justiça contra o Blogger/Google. Já participei de várias antologias pelo país e no exterior, fiquei em 1º Lugar no I Concurso de Literatura Virtual (Litteris), classificado no II Prêmio Literário Livraria Asabeça e Menção Honrosa no IV Concurso Internacional de Poesias em Cuba. Em 2001, tive o meu nome incluso no "Dicionário Biobibliografico dos Escritores Brasileiros", mesmo sem ter publicado um único livro homônimo. Em 2002, publiquei às minhas custas o volume de poemas “Palavras Faladas Fadadas Palavras”. No ano seguinte, fui agraciado com um prêmio de edição para o meu segundo livro de poemas, "Eu, Tu e Todos no Mundo".Em 2005, publiquei o livro de contos e crônicas "Diálogos Inesperados Sobre Dificuldades Domadas", que ganhou uma segunda edição em 2015. Em 2006, organizei duas antologias, “Contos Perversos” e “Poemas Dispersos”, e também lancei o livro de contos “Memórias de um Herege Compulsivo”, editado posteriormente também em Portugal. Em 2007, ainda sem nenhum apoio, tive o meu primeiro romance “Clandestinos” entre os finalistas do Prêmio Redescoberta da Literatura Brasileira e organizei a antologia "Poemas de Mil Compassos", e no ano seguinte organizei o Volume I e II das "Antologias de Poetas Brasileiros Contemporâneos”, com a participação de mais de 150 poetas espalhados pelo Brasil e exterior, além de ter lançado o meu polêmico e bem comentado livro "Olhos Vermelhos – Crônicas Indesejadas num Lento (e Inútil) Mergulho em Direção ao Nada no País dos Bruzundangas e Outros Escritos”, com textos retirados do falecido blog Literatura Clandestina, experimentando desta dor de fazer o novo diante de uma vanguarda feita de elite e de passado, e acabei me sentindo como um arrombador de uma porta decrepta, senil e velhaca. Em 2014, estive em Madri no Congresso de Novos Narradores Ibero-americanos, onde recebi o Prêmio de Melhor Obra Contemporânea para o livro “Olhos Vermelhos...", onde, segundo os organizadores: "lançei mão do nonsense e do pop, compondo o retrato desta geração perdida entre possibilidades infinitas de contato e total isolamento nas redes sociais". Talvez porque a inspiração seja uma coisa imprevisível, que vem e vai conforme a sua própria vontade. Talvez porque, num País que não valoriza seus autores, a inspiração pode aparecer travestida de dificuldades para estimular os esforços iniciais de um artista iniciante, para tirar um artista maduro do seu impasse e do seu comodismo, ou para emprestar a um artista (in)conformado e clandestino a força de vontade para ir até o fim e publicar mais um livro. Hoje, depois de ter abandonado de vez a Educação, por não acreditar mais neste sistema que prepara jovens para marcarem xis em provas no Enem, e depois de uma breve experiência em alguns jornais oficiais que não compartilho do tipo de jornalismo produzido atualmente, continuo escrevendo em alguns sites culturais como o Cabine Cultural (http://cabinecultural.com/tag/elenilson-nascimento/)e preparo um romance inédito sobre uma cidade do Salvador que não existe mais. E é justamente sobre este livro que eu venho aqui pedir a ajuda de todos vocês, amantes de Literatura. O livro vai se chamar "TARJA PRETA" e já foi aprovado numa pré-seleção de um edital cultural, mas eliminado por causa do conteúdo, segundo os organizadores, que "foge do padrão de obras financiadas pelo Governo": abordar sobre desigualdades sociais, falta de emprego, prostituição, misticismo, espiritualidade, inoperância dos Poderes Públicos, corrupção, descompromisso ecológico (*a morte da Lagoa do Abaeté), inanição da impresa, jeitinho brasileiro e de racismo em Salvador são assuntos que não devem ser abordados num livro, principalmente quando Jorge Amado já trabalhou muito para mostrar que na Bahia só existe preto sexual e todo mundo é feliz. E a melhor parte na avaliação da obra: os organizadores pediram para que eu "clareace" o personagem principal, o Tônico Ferreirinha, pois acho que eles chegaram a triste conclusão que na Bahia não existe preto inteligente e questionador. E como eu não quero mudar nada no livro, vou publicá-lo por alguma editora menos preconceituosa, provinciana e racista. Desta forma, como eu ainda não tenho o poder de vendas de um Chico Buarque, jamais me prestaria ao papel de bajular a Dilma para garantir recursos da Lei Rouanet para publicação do meu livro, para colocar a minha irmã no Ministério da Cultura, para a minha sobrinha receber 1,9 milhão para produzir discos que ninguém consegue entender, para minha namorada receber 800 mil para produzir um show que poucos souberam, para meu genro receber 996 mil para fazer batucada para os alienados pularem no Carnaval de Salvador, ou para eu ter um filme com um título bem pernóstico ou meu livro traduzido para o coreano com dinheiro público, por isso venho aqui "esmolar" ao invés de agradar gente que finge produzir e financiar arte. * Enredo do "TARJA PRETA":  A história se passa numa Salvador contemporânea do século XXI que parece que ainda não começou, sobre um jovem negro e periférico chamado Tônico Ferreirinha, numa terra racista, preconceituosa e excludente. Com eventos reais, misturado com muita ficção e misticismo, narro com elegância, de forma veemente, derramando ironia, veneno e humor - mesmo sendo uma história triste sobre o provincianismo de uma Bahia travestido de turismo onde pretos e pobres ou estão na marginalidade ou no subemprego. O livro vai debater sobre a indústria da religião, do Carnaval, da imprensa que não informa, sobre o fracasso da Educação orquestrada por este Governo assistencialista, sobre Candomblé e Espiritismo, política e sobre uma polícia que mata pretos, mas também do desleixo, do "assim tá bom", do "qualquer jeito..." Da falta de profissionalismo, do descompromisso, da malandragem descarada para o mal... meio agridoce. Em nenhum momento o protagonista Tônico Ferreirinha se perde em digressões e filosofices para agradar aos leitores acostumados só com leituras de livros de listas encomendadas de revistas semanais, apenas expõe seus problemas de adaptação no chiqueiro que se tornou a Bahia - uma Bahia inventada por Jorge Amado, mas que nunca existiu de fato. O personagem vai manter diálogo permanente com seu mentor espiritual, Caleb, mas, ao mesmo tempo vai negar essa mediunidade, achando ser algum espírito obcessor ou coisa da sua cabeça - sem artifícios literários para firmar o interesse do leitor sobre essa Bahia excludente.Os problemas do soteropolitano parecem falar e pensar como gente de verdade, gente nem sempre atraente e “humana”, certinha como exigiria o tom politicamente correto e chato. O personagem central, por exemplo, é especialmente culto (*mesmo tendo sido estudante de escola pública, recém-formado em Jornalismo, amante dos livros e puteiros), mas curto, grosso, ranheta e muito claro em suas opiniões sobre tudo e todos nessa província sem personalidade. Mas, com toda a sua cabeça aberta, não passa de um homem à antiga, quase em extinção. Tônico Ferreirinha vai comer o pão que o diabo faltou amassar, se amigar com uma dançarina gringa de boate chamada Virginie que ganha a vida imitando Marilyn Monroe no Palourinho, não vai nos despertar compaixão por ele sópelo fato de ser preto ou pelos outros personagens na história, mas vai ser notável a humanidade no meio da falta de oportunidade que empresta nas suas falas. Tem uma frase dele que é mais ou menos assim: "A gente já acorda fazendo escolhas. E passa o dia inteiro escolhendo: que roupa vai colocar, que faculdade vai ter que fazer, com quem vai trepar, aonde ir... E são escolhas assim, aparentemente pequenas, banais, do dia-a-dia, que vão treinando o meu “escolhômetro”. Saber escolher não é mole não. É, no mínimo, uma tremenda responsabilidade. Mas trocaria tudo isso por um dia para ser feliz!"Em suma, qualquer contribuição para a edição do "TARJA PRETA" será bem vinda, pois a Literatura brasileira não pode continuar a ser de camelô! Fazer Literatura num país de poucos leitores não é criar qualquer coisa é submeter-se à experiência estranha e, muitas vezes, humilhante - semelhante a uma possessão espiritual na Igreja do Bonfim ou uma visitação mística em algum terreiro de Candomblé - de escrever algo não sabendo de onde aquilo vem ou para onde aquilo vai. É como se Houdini não tivesse a menor ideia de como o coelho foi parar na sua cartola ou como se Lewis Carrol não soubesse explicar como a sua Alice foi parar no País das Maravilhas.E como escrever uma história sobre um negro ainda é uma coisa inconveniente para muitos, tenho a obrigação de terminar este livro e fazê-lo circular. A função da Literatura é esta, pois, ainda hoje, o chicote é quase invisível. A desigualdade racial é o fato de a maioria dos negros ser pobre, não receber a mesma educação que os brancos (*as cotas nas universidades é uma utopia, não se engane!), mesmo a cultura brasileira tendo se tornado muito mais rica do que seria sem a presença dos negros. Um País erguido pelo açúcar e pelo tabaco, deixou um gosto bem amargo nas bocas da brancolândia. O Brasil, em especial a Bahia, continua uma província. E mesmo que tenhamos uma Constituição democrática ou uma democracia liberal, o nosso País ainda é dominado por uma porcentagem bem pequena da população, maioria branca. Vida longa ao "TARJA PRETA"! Vida longa a nossa Literatura brasileira!P.S. Esta primeira edição do livro será editada especialmente para os meus leitores/investidores. Todo o crédito será usado para o pagamento da revisão, registro, custos parciais com a editora e taxas do Correio para o envio aos leitores/investidores. Como eu ainda não sei quantas páginas o livro terá (*estimando cerca de 600 páginas), quanto terei que desembolsar para cobrir as despesas com a impressão, quanto terei que pagar com a artwork da capa, peço encarecidamente que aqueles leitores/investidores que estiverem financiando valores acima de R$50,00 favor entrar em contato mandando sinal de fumaça via in-box pelo Facebook (https://www.facebook.com/elenilson.nascimento.33) para eu já deixá-los cadastrados na editora para o envio dos seus exemplares. Faço questão que vocês recebam o livro antes de todo mundo. Sem mais, muito obrigado pela confianç e pelo apoio de todos que vão meter a mão do bolso e financiar Literatura viva. E obrigado também para aqueles que só leram este meu texto. Beijão. (E.N.) #LiteraturaClandestina #TarjaPreta* Sabemos que escrever dói e, com o meu próprio exemplo, passo isto com a maior nitidez possível em todos os meus livros. Reforce, então, a sua opinião sobre o contexto do fazer artístico no seu lado mais crítico, sem precisar ir para o lado negro da força. Quem quiser conhecer mais sobre os meus livros, pode comprá-los direto com a editora: https://clubedeautores.com.br/books/search?utf8=%E2%9C%93&what=elenilson+nascimento&sort&commit=BUSC...Para comer livros, participe da comunidade Literatura Clandestina aqui:  https://www.facebook.com/Literatura-Clandestina-188029641277329/Para conhecer mais um pouco sobre Elenilson Nascimento (entrevista): http://sociedadedospoetasamigos.blogspot.com.br/2013/10/entrevista-com-o-escritor-elenilson.htmlfoto: Jair Martins/divulgação
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