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Sorria Paty

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Sorria Paty
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Vaquinha criada em: 10/05/2017
Me chamo Patricia Ribeiro, tenho 36 anos, nasci em Cambuquira (MG), e moro em SP há treze anos, sou bancária (atualmente afastada pelo INSS), cursava o 2° ano de psicologia na FMU, o que sempre foi meu grande sonho. Mas, no dia 19/10/2015 ao sair do trabalho fiz meu trajeto habitual para a faculdade, saí do metrô e ao descer a R. São Joaquim fui atropelada na calçada e minha vida se tornou um verdadeiro caos. Fui prensada contra a parede, onde havia um andaime que caiu sobre mim.Ao entender que fui atropelada, respirei fundo para ver se tinha atingido o abdômen ou o tórax, mas imaginei que não, pois consegui respirar, com dificuldade mas consegui, passei a língua entre os dentes e me pareceu que não havia quebrado, ao lado ví que havia mais uma vítima no chão, olhei minhas pernas e pude ver muito sangue e ossos expostos.Tudo aconteceu em segundos, eu estava desesperada e gritava por socorro, senti que o carro deu ré, pois meu corpo escorregou mas não consegui senti o chão, alguém me deitou e minhas pernas ficaram debaixo do carro. Fiquei lúcida todo o tempo e alguém que estava ao meu lado disse que me ajudaria, pedi para ligar para meu marido Marcio para avisá-lo do acidente. Eu pedia à Deus para eu perder os sentidos, mas não perdi, um anjo chamado Roberta apareceu e ligou para os bombeiros, não me lembro do tempo, mas eles chegaram e me imobilizaram, eu perguntava aos socorristas se iria perder minhas pernas. Me levaram para Hospital das Clínicas ainda lúcida, eu estava entre muitas macas com vários pacientes, ao ouvir a voz do meu marido Marcio, gritei “estou aqui mor”; ele chegou próximo à mim segurou minha mão eu disse à ele que não queria perder minhas pernas e desfaleci. Acordei após quase 24hs, eu estava em uma UTI, havia passado por uma cirurgia de 16 horas para reconstrução da perna, e assim seguiram 12 dias de desespero total, medo, angústia, muitas dores, a hora do banho era o pior momento, a dor era insuportável, nem morfina aliviava.No dia 16/11/15 fui transferida para o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC e todas as semanas sem exceções passava por cirurgias. Como eu estava com exposição óssea logo abaixo do joelho, realizaram uma cirurgia de risco e demorada para retirada do músculo das costas, mas ocorreu trombose tardia após dez dias e perdi o enxerto. Fizeram então uma cirurgia de perna cruzada usando o músculo da panturrilha da perna direita para perfusão da esquerda, passei quase um mês na mesma posição, uma das partes mais dolorosas e triste. Em uma das minhas passagens pela UTI, recebi a notícia que iria sofrer uma amputação de parte do pé, foi a pior notícia da minha vida, a amputação ocorreu e meu estado só deteriorava , eu estava totalmente inchada devido a anemia e desnutrição. Lembro-me que pedia para não ser mutilada aos poucos e que se tivesse que mutilar, que mutilassem o máximo possível de uma vez. Infelizmente devido à uma infecção causada por bactérias super resistentes o pior aconteceu e amputaram o restante do pé, no decorrer dos dias comecei a ter falência dos rins devido aos medicamentos, sendo assim tiveram q interromper o tratamento e as bactérias começaram a comer todos os tecidos, ossos, tendões e músculos, mais uma vez implorei aos médicos para que cortassem toda a perna e eles insistiam que eu deveria permanecer com o joelho e por fim amputaram um pouco mais acima, chamada de amputação de nível transtibial. Nesse estágio já estava completando quase 5 meses de internação e mais de 28 cirurgias, eu implorava aos médicos que não fizessem mais nenhuma cirurgia de enxertos de pele, mas eles diziam que era necessário ou nunca cicatrizaria e eu correria o risco de sepsis (infecção generalizada). Por um milagre meu quadro melhorou e me deram alta no dia 11/03/2016, eu estava feliz por voltar para casa e ao mesmo tempo desesperada devido as lesões que não estavam cicatrizadas. Os dias eram longos, dolorosos e tristes, eu comecei a ficar depressiva, não aceitava a situação e não aceito até hoje, minhas costas e ambas as pernas estão mutiladas, as cicatrizes são horríveis, e não sofro só com a perda de um membro, mas com uma vida de sofrimento constante, eu achava que estava melhorando mas após quatro meses em casa voltei ao hospital e fui internada novamente, as bactérias haviam voltado, e eu tive que fazer mais uma cirurgia e tratamento por três meses com os mesmos medicamentos que quase me mataram pois eram os únicos que combatiam as bactérias. Pensei em suicídio, eutánasia em um desses países que é legalizado pois não queria passar por tudo novamente, mas meu marido me convenceu a tentar e disse que se eu não aguentasse ele iria estar ao meu lado quanto a minha decisão. Por fim, o tratamento foi suspenso após um mês, tive alta pois os resultados estavam propícios. Quanto ao indivíduo que me atropelou em momento algum entrou em contato comigo, não prestou nenhum apoio ou interesse em ajudar, ele é advogado,possuí um poder aquisitivo alto, ele conduzia um veículo Modelo Pajero Dakar D, saía da garagem de um evento do lado direito da rua, atravessou e nos atropelou na calçada do lado esquerdo, sendo eu a vítima mais grave, a outra vítima desmaiou no momento, sofreu uma cirurgia simples no pé. Este homem acabou com a minha vida, mentiu no Boletim de Ocorrência, não fez teste do bafômetro e tentou fugir da cena do crime. Tudo que eu quero é Justiça, quero que ele pague por tudo que fez, ele não só destruiu minha vida como a da minha família também, temos um processo contra ele, mas ele como advogado usa de todos os meios para tornar tudo aínda mais difícil e demorado. Hoje faço terapia, uso contínuo de antidepressivos e ansiolíticos, e convivo com o medo diário de voltar à osteomielite e passar por todo o sofrimento novamente. A protése que me traria um pouco de qualidade de vida tem um custo surreal pra mim (R$27.800,00), e mesmo com liminar foi negada pelo meu convênio.Depender de nossas leis e Justiça é algo desanimador, só desejo conquistar minha prótese o mais rápido possível e consequentemente minha paz e independência. Paty.
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