Histórias Manchadas é uma obra sentimental e parida no olhar existencial de Bruno Aurélio Silveira que em seu gosto pela palavra, delas se vale a descrever universos humanos: "demasiadamente humanos", diria um certo filósofo igualmente poeta.
Uma história é o registro humano sobre a passagem de algo ou de alguém no movimento pelo tempo e pelo espaço. A mancha significa um desatino, uma mácula, um defeito ou um borrão diante de personagens que por aí vivem atormentados em seus dramas no palco do existir, e a poesia vem ao homem como o espírito em palavras gritado pelo “ser” em sua tormenta vivida na felicidade contida no mundo onde as manchas são constantes.
Bruno Aurélio Silveira em seu ofício poético nos convida a perceber que existir é deixar registros, é registrar-se no mundo, e que esta ousadia tão humana, é repleta de sentimentos, de pensamento de contingências tão únicas e exclusivas que por fim nos fazem em um conto solto no mundo, um eu vagante dito por aquilo que é, pelo que fez e assim registrou-se.
Histórias Manchadas são manchas de vida comum de pessoas comuns, facilmente sendo quaisquer um: eu - você, um outro escolhido a escolha acaso - a mancha.
Lwndley Leab Leamas