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Por uma advogada e mestra quilombola

ID: 131512
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Criada em: 19/03/2017
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Apesar de o Brasil ter avançado no que diz respeito à adoção de medidas que garantam a inclusão de camadas historicamente excluídas em espaços de poder, como as universidades e os cursos socialmente considerados como de maior prestígio, ainda existem diversas lacunas a serem preenchidas. Estudantes quilombolas precisam deixar suas comunidades, suas casas, famílias e amigos para cursarem a universidade, o que significa que precisam de auxílio para permanecer no ensino superior. Vencida a barreira da permanência, a inclusão no mercado de trabalho ou na pós-graduação torna-se um novo desafio. Aos 26 anos, Vercilene Dias, da comunidade Kalunga do Vão do Moleque, em Goiás, tornou-se a primeira estudante quilombola da Universidade Federal de Goiás (UFG) a ser aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, ainda antes de concluir a graduação. Em seguida, Vercilene foi aprovada no processo seletivo para o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Direito Agrário da UFG. Toda a sua formação como advogada e agora como futura mestra é voltada para o objetivo de ajudar a comunidade de onde veio, que sofre com a falta de estrutura e as constantes ameaças por parte de fazendeiros, conforme noticiado no site da Fundação Cultural Palmares http://www.palmares.gov.br/?p=3590&lang=enNo cenário atual, em que os poucos direitos conquistados nos últimos anos pelos grupos subalternizados estão a cada dia mais ameaçados, a existência de uma advogada de dentro da comunidade torna-se ainda mais importante. Infelizmente, conseguir concluir a graduação não foi o único obstáculo que Vercilene precisou enfrentar. O mercado de trabalho no ramo advocatício está saturado e a dificuldade é maior para as advogadas em início de carreira, principalmente quando estas não integram os grupos que tradicionalmente ocupam esse mercado. Com a conclusão da graduação e a inserção no mestrado, Vercilene deixou de receber o auxílio permanência e não tem perspectiva de ser contemplada com a bolsa de pós-graduação neste ano. Ela ainda não conseguiu se estabelecer na carreira de advogada e precisa de nossa ajuda para continuar estudando e pagar as taxas da OAB. Infelizmente, os altos valores cobrados demonstram que a Ordem não tem acompanhado as medidas de ação afirmativa que estão sendo tomadas em diversos setores com vistas à eliminação das desigualdades. Nosso objetivo é garantir que a Vercilene tenha condições financeiras de cursar os dois anos do mestrado, lembrando que ela está longe da família e precisa pagar aluguel, transporte, alimentação e contas básicas como água, energia e internet, além dos custos com os estudos, como inscrições e passagens para participação em eventos científicos, compra de livros etc. O valor médio de uma bolsa de mestrado atualmente é de R$ 1.500, por isso calculamos que esse será o gasto mensal durante 24 meses, além das taxas da OAB, somando um total de R$ 36.496. Esta campanha é organizada por amigos da Vercilene e integrantes da União dos Estudantes Indígenas e Quilombolas (Uneiq) da UFG. Nosso objetivo é que a universidade e o mercado de trabalho sejam acessíveis e para todos, mas enquanto não o alcançamos, contamos com a sua ajuda para que os primeiros passos dados pela Vercilene continuem sendo possíveis! Algumas notícias sobre as conquistas da Vercilene em jornais locais: Estudante calunga é aprovada na OAB - O PopularVeja mais em: http://www.opopular.com.br/editorias/cidade/estudante-calunga-%C3%A9-aprovada-na-oab-1.1163362 Primeira aluna quilombola do curso de Direito é aprovada na OAB - ASCOM/UFGVeja mais em: https://www.ufg.br/n/92137-primeira-aluna-quilombola-do-curso-de-direito-e-aprovada-na-oab
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