






Oi, eu sou Theo, tenho apenas 1 aninho. Apesar de ser tão novo, a minha trajetória de vida não foi e nem é nada fácil. Eu nasci com 7 meses e os meus pulmões eram muito fraquinhos, assim, tive que ser reanimado e entubado. Pelo fato de precisar de muito oxigênio acabei tendo uma hemorragia intracraniana que me fez desenvolver uma hidrocefalia. Mas mesmo com todas as dificuldades lutei pela minha vida, consegui ter alta aos 3 meses, e, desde então, minha mãe vem lutado por mim e pela minha saúde. Por conta da hidrocefalia, tive que passar por três cirurgias cerebrais e na última cirurgia, colocaram uma valvula para que pudesse drenar o líquido que cresce em minha cabeça. Por conta de todas essas complicações desenvolvi outra doença que me faz precisar de oxigênio em alguns momentos porque perco o controle do meu. Acabei por desenvolver também uma paralisia cerebral, que, infelizmente, não tem cura, logo, terei que conviver com ela pelo resto de minha vida. E para ter uma vida mais tranquila, preciso tratar de forma continua. Assim, com a luta da minha mãe e de meu pai, tive acesso a um convênio que cobria a minha fisioterapia que preciso fazer todos os dias. Mas por ser uma grande demanda, o convênio bloqueou o meu acesso. Assim, tentei recorrer a justiça, mas nesses 30 dias que precisei ficar sem me tratar, toda a evolução que tinha conquistado eu perdi. Logo, comecei a realizar uma série de exames para tentar entender o porquê dessa regressão absurda, mas ainda não conseguimos descobrir. Tentei conseguir o benefício BPC/loas, o qual é um auxílio assistencial para pessoas como eu, que não tem condições de arcar com tantos tratamentos, ainda mais pelo fato de minha mãe não poder trabalhar, pois sou totalmente dependente dela, assim, preciso de seus cuidados de modo integral. Porém, mesmo preenchendo todos os requisitos, o benefício foi negado. Então minha mãe recorreu à justiça, entretanto, ainda não há nenhuma decisão. Meu pai recebe só um salário-minimo e todo esse recurso é dedicado à casa para que possamos ter onde morar. Logo, meus pais não tem condições de arcar com todos os tratamentos e exames que preciso realizar de modo constante por conta da condição que nasci. Infelizmente, preciso de muitos recursos os quais não tenho acesso, como medicamentos caros e um colete para sustentar minha coluna. Então por isso peço ajuda de todos que puderem, seja compartilhando, seja doando, seja pedindo por justiça, pois afinal, não pedi para vir assim, mas também não irei desistir de lutar para estar aqui. Minha condição me torna mais frágil do que a maioria das pessoas, mas não me torna menos humano, não me torna menos digno, afinal, mesmo com todos os empecilhos, tenho pessoas que me amam e lutam por mim, ainda que seja com tanto sacrifício. Então, por isso, decidi contar um pouco da minha história. Afinal, apesar de ter apenas 1 aninho, eu não desisti de lutar.