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A História de Elza e Gabriel

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A História de Elza e Gabriel
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Vaquinha criada em: 24/05/2019

 

É impossível não se emocionar com a história dessas duas pessoas.

Como vocês viram no The Wall, não faltou garra e determinação. O casamento dado pelo Luciano Huck preenche um vazio da alma. Mas pouca gente sabe que há outro vazio a ser urgentemente preenchido. Elza e sua família moram de favor na casa de fundos de uma igreja (sim, a mesma onde se casou), mas terão que devolvê-la no final do ano. Não foi dessa vez que Gabriel conseguiu realizar esse sonho, essa necessidade. Agora ela conta com a sua solidariedade. Conheça melhor a história de Elza e Gabriel.

------ E L Z A ------

Interior de Rondônia, zona rural. Pobreza, escassez, suor. Elza imagina ter sido registrada apenas com 2 ou 3 anos de idade.

Talvez por isso o RG de Elza indicava 12 anos de idade quando ela se casou. Apesar de menina, saiu de casa consciente, decidida a tomar as rédeas de sua própria vida.

O casamento com Zé Coco dura até hoje, cheio de amor e respeito. Mas não se pode dizer que a vida deles foi fácil.

A primeira moradia do casal, se é que podemos assim chamar, foi em um curral. Moraram ali de favor, com a autorização do fazendeiro.

Apesar da relação nem sempre fácil com o pai, Elza cuidou dele até o fim da vida. Ela dava banho nele todos os dias, o arrumava, vestia suas roupas.

Mas o que as enfermeiras do hospital contam sobre essa época diz muito sobre o coração dessa mulher. Segundo os relatos, ela cuidava de todos os idosos internados ali, alimentando, dando banho, amparando.

A vida foi caminhando, a duras penas, mas Elza e Zé Coco continuavam batalhando. Quando a situação parecia um pouco melhor, veio a reviravolta.

Zé do Coco financiou uma máquina para prestar serviço para uma empreiteira de São Paulo. O calote de mais de 100 mil reais jogou a família novamente na lona, e a máquina tomada pelo banco. Desemprego.

Com dez meses de aluguel atrasados e sem perspectivas, tiveram que procurar outra solução.

Hoje moram de favor nos fundos de uma igreja. Mas essa situação ainda vai piorar. A casa deverá ser ocupada em breve. E a família enfrenta mais uma vez o medo do relento.

Cada tijolo é importante.

------ G A B R I E L ------

23 de setembro de 2001. Aos 17 anos, Gabriel perde seu pai em um acidente de carro na estrada entre Uberlândia e BH em que estava toda a família.

Seu Osmar teve seu primeiro par de sapatos aos 15 anos, o que não o impediu de caminhar diariamente, durante toda sua infância, os cinco quilômetros que o separavam do grupo escolar. Um exemplo que deixou raízes profundas.

Junto do irmão mais novo Danilo, então com 15, e sua mãe Carolina, assumiram as rédeas da pequena lanchonete da família depois do acidente, sem perder de vista a promessa feita ao pai: se formarem por uma boa faculdade.

Gabriel já passou por todo tipo de obstáculo (digamos assim) nessa vida.

Três pneumonias em um ano, picada de cobra, catarata, prótese no quadril, H1N1 (duas vezes), dengue, movimentos limitados do ombro, dois acidentes graves de carro.

Mas nenhuma moléstia foi tão terrível e avassaladora quanto a leucemia. Mais de 97% das células tomadas pelo câncer.

Um ano e meio de tratamento. Químio, rádio, hospitais, discrição absoluta. Veio a cura – ou era isso que se imaginava.

A vida de advogado jovem e brilhante resgatada. Um ano depois, a “abençoada” voltou.

Mais agressiva e assustadora do que nunca. Dessa vez, restava apenas uma solução: transplante de medula.

Gabriel não desanimou. No hospital, adotou o sorriso como tratamento intensivo. Montou um blog, compartilhou dores e desafios, sempre com otimismo e bom humor.

No hospital ele se casou, escreveu, amadureceu, se fortaleceu na fé e encheu todos de esperança. Faltavam cabelos, sobravam sorrisos.

Enquanto isso, a busca em bancos de doadores corria contra o tempo. Vasculharam nos Estados Unidos, na Europa. A chance era pequena: uma em 100 mil.

Veio a esperança: havia um doador - melhor ainda - no Brasil. Um verdadeiro milagre. Gabriel já sabia. Ele sempre soube.

Poucos dias antes do transplante, o soco no estômago. O único doador compatível NO MUNDO INTEIRO estava indisponível.  A doadora, que depois se soube ser a Elza, estava com endereço desatualizado no REDOME, e por isso não estava sendo encontrada.

Pela primeira vez na vida, Gabriel teve medo, não da morte em si, mas de suas consequências. Ainda havia muito a ser feito.

------ G A B R I E L E E L Z A ------ Duas histórias que se cruzam.

Em Uberlândia, Minas Gerais, Gabriel temia pelo pior. Depois da notícia, estava desolado. Mas não desamparado.

Há alguns milhares de quilômetros de distância dali, no interior de Rondônia, uma mulher teve um sonho, que ela intitula como mensagem de Deus: recebia o alerta de que precisava ajudar um rapaz.

Pela manhã, antes de Elza dizer qualquer coisa, Zé Coco anunciou que tinha ido, de súbito, visitar o antigo endereço da família:

- Tem correspondência pra você - disse ele.

- Já sei do que se trata - ela retrucou convicta.

Daí pra frente, os laços que unem os dois nunca mais se desfizeram. Mais tarde, por curiosidade, Gabriel perguntou a Elza:

- Por que você, com uma vida tão sofrida, tão humilde, resolveu um dia se cadastrar como doadora de medula?

- Se eu posso ajudar alguém, por que não ajudaria?

Para os amigos, Gabriel confidencia que a motivação de Elza sempre foi amor ao próximo. “Ela simplesmente é assim”, conta ele.

E se constrange ao pensar por qual razão ele próprio nunca se preocupou em ser um doador de medula. “Um grande tapa na cara da vida, uma nova chance providenciada por Deus”, lembra o advogado.

Gabriel, a partir de então, fez o possível para ajudar Elza.

Usou seus conhecimentos como advogado para processar a construtora que deu o calote em Zé Coco – vitória na justiça, mas empresa falida.

Pagou todos os aluguéis atrasados da última casa. Isso antes de a família decidir entregar o imóvel. Hoje a família conta com a generosidade da igreja que cedeu, por algum tempo, a casa de fundos para sua morada.

Por fim, inscreveu-se, com a ajuda da esposa, no quadro The Wall, do Luciano Huck. Toda a renda 100% revertida para Elza resolver o problema de sua casa.

O enredo popular é de “quem casa quer casa”. No caso de Elza poderia ser traduzido para “quem casa precisa de um teto”. Ainda não foi desta vez.

As palavras de Elza emocionam: “só queria saber que terei um lugar para dormir naquele dia. Um pedacinho onde eu possa cuidar da minha mãe e criar meus filhos”.

Essa é mais uma tentativa de Gabriel ajudar a mulher que salvou sua vida: contar com a sua solidariedade.

Orçamentos já foram realizados. E com R$ 120.000,00 será possível comprar uma casa para a Elza em Ji-Paraná, cidade em que vive com sua família, em conjunto habitacional simples e muito digno.

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