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Elcimar e seus 3 filhos especiais

ID: 46399
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Criada em: 23/03/2016
Elcimar e seus 3 filhos especiais
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Conheci a Elcimar através da página do Facebook Amigos do Pedrinho, o poder de orar pela vida. Ao curtir uma das publicações feitas do nosso guerreirinho Pedrinho, vi uma publicação da Elcimar onde o filho mais novo dela, o Emanuel, estava juntando garrafas Pets para vendê-las e ajudar as pessoas mais necessitadas. Aquele vídeo me tocou o coração de uma maneira tão profunda pois, apesar de seu sonho em ter um boneco do Homem Aranha ser importante, para ajudar as pessoas ele deixara esse sonho de lado e seguia em frente na missão da ajuda ao próximo. E isso para um menino de 9 anos, completados recentemente, onde a necessidade em seu lar é muito grande porém o próximo não deixa de ser tão importante quanto. Após esse vídeo senti que fui tocada por esse serzinho tão lindo, tão ingênuo e tão do bem e entrei em contato com a mãe, a Elcimar, para saber qual bonequinho que ele gostaria de ganhar. Como tenho um filho de 4 anos, tirei uma foto de um dos super-heróis que ele tem repetido mas não era o que o pequeno Emanuel desejava, pois aquele ele já tinha ganho. Com isso, consegui descobrir qual era o desejo dele e decidi presenteá-lo com 2 bonequinhos, assim como seus dois irmãos Erick, com uma calça de moleton e Emily com um estojo de maquiagem, e pude assim conhecer um pouco mais da história tão sofrida e necessitada dessa família. Elcimar se casou com apenas 18 anos e aos 19 teve Erick. A família bem humilde, no início não tinha residência fixa e o marido também estava sem emprego fixo. Aos 7 meses de gravidez, ela não tinha um banheiro para seu banho e suas necessidades, se lavava usando vasilha do lado de fora da casa, condição precária para uma gestante. Após o nascimento do pequeno até o leite era racionado, precisando assim misturar amido para sanar a fome de filho em um tempo de muitas dificuldades. Após um bom tempo os pais permitiram que Elcimar construísse 2 cômodos encima da oficina a qual o pai trabalhava para não ter que ficar pagando aluguel, sem ter dinheiro suficiente para colocar comida dentro de casa e sustentar sua pequena família. Nisso a vida começou a engrenar pois o marido foi contratado por um mercadinho próximo de casa, com carteira assinada e assim as coisas foram se ajeitando, de uma forma simples, humilde, mas com muita esperança e fé em Deus. Foram tempos muito difíceis mas, já grávida da sua segunda criança, a pequena Emily, e após o nascimento dela veio a confirmação do autismo do meu pequeno Erick, com quase 4 anos de idade. O chão realmente sumiu aos seus pés e, quando tudo parecia estar encaminhado, a descoberta da doença veio para tirar toda e qualquer esperança de uma vida melhor. Morando em uma cidade com poucos recursos, onde não se falava em autismo, Elcimar e o marido precisaram correr em busca de especialistas para cuidar do pequeno Erick, e até acertar a medicação, o seu quadro também se agravou. Diagnosticada com um quadro depressivo desde os 15 anos, lidar com toda essa situação nova, cheia de desafios e obstáculos, Elcimar precisou ser forte para seguir em frente, apesar de também ter o seu transtorno. Elcimar, sempre pensando nos filhos em primeiro lugar, deixou a sua depressão de lado e seguindo em frente, aos 4 anos de Emily, percebeu uma certa inquietação da menina e a levou em um psiquiatra onde descobriu uma hiperatividade anormal e veio o diagnóstico do transtorno desafiador opositor que se agravava cada vez mais, desafiando escola e professores, sendo expulsa por tais comportamentos e, aos 7 anos da pequena, e sem planejamento algum, Deus enviou o pequeno Emanuel à família. Foi realmente uma benção na família pois, os dois primeiros filhos diagnosticados com problemas e o terceiro se apresentando tranquilo, calmo, sem nenhum problema aparente, tudo dentro da anormalidade, foi cuidado normalmente, sem nenhuma atenção especial devido a necessidade da atenção ser voltada para os 2 irmãos mais velhos. Ele sempre foi tratado dentro da normalidade de uma criança tranquila quando, aos 7 anos, a mãe percebeu uma hiperatividade e estranhos comportamentos e, com isso, com todos esses sintomas, foi diagnosticado com Síndrome de Asperger (é um transtorno neurobiológico enquadrado dentro da categoria de transtornos globais do desenvolvimento. Ela foi considerada, por muitos anos, uma condição distinta, porém próxima e bastante relacionada ao autismo) e anemia persistente. E mais uma vez o chão fugiu aos pés. Elcimar, antes de alguns dos diagnóstico, tentou o suicídio por diversas vezes mas, graças a Deus e considerando a necessidade dessas crianças terem a mãe por perto, nada aconteceu. A vida não tem sido fácil mas Elcimar e o marido procuram não desanimar em qualquer hipótese, por isso não se acanha em pedir ajuda pela internet e suas redes sociais pois ela sonha, dessa forma, que sua história chegue à alguém disposto a ajudá-la, ou mesmo a divulgá-la para que consigam ter uma mudança de vida. A família vive de doações. Tudo o que tem são frutos de doações pois o Erick, quando não está bem, quebra todas as coisas dentro de casa e, como somente o marido consegue trabalhar, a dificuldade é ainda maior. O governo só entrega o benefício há um dos filhos, o mais velho, e os outros não recebem ajuda alguma. Para que vocês tenham uma idéia, ela tem uma calça, que guarda para dias de médico, e o pai duas, mas já estão tão velhas que tem vergonha de usá-las, e só usa para levar o Erick à APAE. As crianças estão sem sandálias mas nunca sobra para os "supérfluos", e com isso as pessoas vão doando o que podem para que essa família tão sofrida não se esmoreça ainda mais. E a casa onde moram, a qualquer momento, pode ser vendida pelos irmãos pois são de herdeiros e, mesmo sendo pequena e simples, o medo que ela tem é o pai falecer e sua família querer vender esse teto que os cobre e eles sim ficarem sem ter onde ficar, morar. E se sente muito humilhada diante toda essa situação. As crianças estudam também mas somente o Erick está na APAE, a Emily e o Emanuel estão em escolas regulares, o que dificulta muito o aprendizado deles pois não tem o ensino adequado, cada qual à sua necessidade. Em conversa com a Elcimar esses dias, ela me informou que a situação está cada dia pior e as crianças cada vez mais doentes e necessitadas de ajuda. E sem ajuda alguma do governo. Tudo em sua casa é precário e somente seu marido tem condições de trabalhar, por isso surgiu a idéia de criarmos essa vakinha para que além do valor que pode ser arrecadado, para custear os seus gastos com médicos, exames, locomoção, o que desejamos é que possam ajudá-los também com doações (cestas básicas, móveis, roupas e o que puderem) pois eles realmente precisam muito, muito mesmo. Elcimar sempre busca muito ajuda do SUS porém o processo é muito demorado e as crianças realmente precisam de atenção e ajuda imediata. O sonho de Elcimar? Ter um pouco de dignidade para poder cuidar dos seus 3 filhos especiais e não deixá-los à própria sorte, se acontecer algo com ela ou com o marido. Ela sonha em ter um LAR, de verdade, onde seus filhos possam dormir, se alimentar, ter uma vida digna e não precisar se preocupar se um dia serão ou não despejados para qualquer lugar que não seja seu. Onde seu marido também possa descansar, após um dia todo de trabalho, e ajudá-la a cuidar dos grandes pequenos, que tanto precisam de amor, carinho, atenção e dignidade. Sei que não podemos mudar o mundo mas temos o poder de tentar fazê-lo um pouco melhor. Juntos somos mais fortes.
Encerrada
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