Oi, gente!
Hoje em dia existem 60.000 mulheres presas. O perfil delas é o de mulheres negras, pobres, mães, sem estudo, responsáveis pelo sustento familiar (muitas vezes até de durante o cumprimento da pena!) e empregadas no mercado informal. A grande maioria delas (68%) foi condenada por tráfico de drogas, o que configura crimes não violentos; sendo que muitas delas chegaram ao crime por relacionamentos abusivos com homens do tráfico. A maioria delas habita cadeias masculinas desativadas, com estruturas precárias, onde falta até o básico e uma das questões é que elas carecem de material para ocupar o tempo ocioso, seja com trabalho ou estudo.
Pensando nessa questão e no quanto fomos tocadas por ela, nós começamos a realizar mensalmente um Clube de Leitura na Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto. Esse clube acontece a partir de uma parceria com a FUNAP (Fundação Prof. Dr. Pedro Pimentel) com a Penitenciária dentro do Programa de Educação para o Trabalho e Cidadania "De Olho no Futuro". Participam do Clube de Leitura representantes dessas instituições, voluntárias e monitoras da prisão - mulheres encarceradas que se destacam pela conduta no presídio e ajudam na formação das outras presas em atividades educacionais que acontecem neste local.
Um dos livros que elas pediram e tem um GRANDE interesse em ler é o livro "Presos que Menstruam, da autora Nana Queiroz. A Nana é jornalista, escritoa, CEO da Revista AzMina e, dentre outros trabalhos, prêmios e atuações, foi quem lançou há algum tempo atrás a campanha nacionalmente conhecida Eu não mereço ser estuprada. O livro dá voz a mulheres presas por meio de relatos do seu cotidiano dentro da prisão e dos motivos pelos quais elas foram presas. Depoimentos emocionantes, duros e reais que valem a pena ser lidos por todos, mas que são especialmente importantes para as mulheres que podem se identificar diretamente com ele e assim se conscientizar desse problema nacional e quem sabe, através das suas próprias experiências, atuar no sentido de buscar soluções, por mais paleativas que sejam, para essa questão.
Por isso estamos pedindo a colaboração de vocês em qualquer valor para lermos essa obra! É de extrema importância!
Agradecemos muitíssimo desde já!
Atenciosamente,
Carolina Motta, Daniella Santos, Herika Aguiar, Paula Nomelini e Cristiane Alvares