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Apoio para construção da Escola Tekó Jaepó em Maquiné-RS

ID: 295832
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Criada em: 19/04/2018
Apoio para construção da Escola Tekó Jaepó em Maquiné-RS
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Tekó Jeapó

Cultura em Ação

 

“Transformar os jovens para serem autônomos. Ensinar para o mundo, para viver na sociedade. Daí eles terão autonomia para escolher seu caminho sem regras do juruá. Tendo autonomia e responsabilidade, temos tudo para aprender e fazer.” André Benites, Cacique Tekoa Ka’ aguy Porã

 

 

 

A ESCOLA.

André criou o projeto Tekó Jeapó, que ele traduz como cultura em ação, como uma forma de retomar as práticas ancestrais junto à natureza e, ao mesmo tempo dialogar com o mundo que lhe é contemporâneo. Tekó Jeapó ou cultura em ação diz respeito ao movimento de aprendizagem pelo qual passam as crianças e jovens Mbya sem, no entanto, limitar-se às estruturas físicas e pedagógicas de uma escola convencional não indígena.

“Queremos construir uma escola autônoma, onde a gente possa ser donos de nosso próprio pensamento. Ser donos de nossas próprias coisas, porque dentro da aldeia nós temos tudo!"

 

                                    

 

Através da vivência, a Tekó Jeapó será o local de aprender os ofícios, as técnicas, os ensinamentos espirituais, estudar as matas, os bichos, as águas, o céu, integrando o conhecimento Mbya com as possibilidades de aprendizado que derivam do contato com a sociedade envolvente. A educação Guarani relaciona-se diretamente a atividades cotidianas que conforma e define o MbyaRekó ou “o modo de ser Mbya Guarani”. Para além dos conhecimentos de português e matemática, em nada desvalorizados ou negligenciados, a escola é local de aprender a ser um Mbya Guarani!

"Primeiro fizemos a Retomada; agora, faremos uma escola. Ou seja, uma vez que podemos viver numa paisagem rica em recursos que permita ao Mbya viver em sua totalidade, o segundo passo é levar às crianças os ensinamentos do povo guarani, bem como prepará-las para uma realidade de contato com a cultura juruá, não indígena."

 

O PROJETO.

                                

 

A OBRA. 

O projeto foi idealizada por André a fim de seguir as tradições Guarani, uma arquitetura guarani, um espaço amplo que possa servir como encontro de toda aldeia e visitantes, que seja o centro cultural, onde seja fortalecida a cultura dos povos originários. O projeto da escola foi pensado pela aldeia com um grupo de apoiadores, arquitetos, engenheiros e construtores, e está sendo feito com poucos recursos mas fortalecido para que a construção possa durar décadas. A obra até agora estava sendo realizada com recursos que vieram de apoiadores da Alemanha, por intermédio da Rede pela Paz se conseguiu um grande apoio para começar a tornar esse sonho em realidade. Porém os recursos estão escassos e a obra segue, ainda falta muito, mas faremos o possivel para mantermos o ritmo e conseguir finalizá-la!

 

                                         

Já pode-se dizer que a escola já começou, os aprendizados estão sendo muito construtivos, o envolvimento está crescendo. Por isso, como apoiadores e participantes do projeto, viemos fazer esse chamado em nome da Tekoa Ka’ aguy Porã, para fazermos parte desta retomada juntos, nos mobilizarmos, botar as mãos no barro nos mutirões, apoiar por meio de doações de comida, apoiar com o pouco que seja, ajudar a construir esse sonho juntos!

É agora o momento de nos unirmos para multiplicar essa força e que cada um possa fazer sua parte como for! Venha quando puder, quando quiser, a obra segue rolando firme, qualquer ajuda é valida, venha para ficar o fim de semana, ou passar o dia, passar a tarde, conhecer, ajudar como for! Será de muita ajuda se puderes colaborar financeiramente para atingirmos nossa meta e viabilizar a finalização da obra - nesse momento cada centavo é importante. Ajude essa mudança!

 

     

 

O VALOR. 

                   - R$ 4000,00 - Pagamento de serviços prestados da obra;

                   - R$ 4000,00 - Compra de materiais, ferramentas e outras necessidades para obra;

                   - R$ 1500,00 - Ajuda financeira para início do funcionamento da escola;

                   - R$ 500,00 - Taxas e porcentagem da plataforma de financiamento;

LOCALIZAÇÃO. 

Para quem queira conhecer o locar e levar doações ou participar dos mutirões, a aldeia é muito fácil de chegar, fica na rua principal de maquine, a que leva a barra do ouro, cerca de 1 km depois que acaba o asfalto, uns 200m após a entrada da extinta Fepagro existe um acesso pela esquerda, ai tem uma estradinha que leva até a escola, só seguir uns 200 metros por ela, ja dentro da aldeia, ai saberá quando chegar!

                                 

RETOMADA MBYA GUARANI. 

O processo de retomada da área ancestral Mbya Guarani, no município de Maquiné, iniciou em 27 de janeiro de 2017, quando 27 famílias que viviam em condições precárias na região entraram pacificamente na área de 367 hectares, com mais de 80% de mata nativa, no bioma Mata Atlântica. A decisão da retomada ocorreu após a medida do governo do Estado de extinguir a Fundação de Pesquisas Agropecuárias (Fepagro), que funcionava ali. O governo entrou com ação de reintegração de posse em abril e a partir dali foi iniciado um processo de negociação mediado pelo CEPI (Conselho Estadual dos Povos Indígenas). O processo tem sido favorável para os Mbya, com ajuda de muitos apoiadores da justa causa, eles conseguiram permanecer no local. Guiados pelos deuses, como sempre contam, os Mbya criaram a Tekoá Ka’aguy Porã (mata sagrada). Agora se encontram em fase de consolidação e aprofundamento do viver coletivamente numa área sagrada que tem todas as condições para a retomada da cultura Mbya: água limpa de nascentes das montanhas, mata fechada, terra binoa para o plantio dos alimentos tradicionais, frutas nativas e plantas medicinais, os passarinhos que cantam e encantam as crianças que podem brincar livremente na natureza.

 

   

 

OS MBYA GUARANI: POVO DA MATA. 

A etnia Mbya pertence à família linguística tupi-guarani e seus territórios tradicionais compreendem o leste do Paraguai, a província de Misiones, na Argentina, o norte do Uruguai e o sudeste do Brasil até o Oceano Atlântico. Os Mbya Guarani são uma das parcialidades étnicas que, juntamente com os Kayová e os Nandéva (também conhecidos como Xiripá) conformam o grupo amplo Guarani (Tempass, 2005). Mbya Guarani é um povo que se declara cuidador da natureza. São reconhecidamente muito espiritualizados, verdadeiros “filósofos da floresta”, como definiu o antropólogo Egon Schaden(1974). Derivado de suas cosmologias e cosmogonia estritamente ligadas ás divindades oriundas da mata, para nós do plano da natureza, pesquisadores e pessoas que convivem com estes coletivos afirmam suas profundas conexões com a manutenção de repacursos naturais como rios, cachoeiras, matas nativas etc.

CONTATO DA ALDEIA. 

André Benites: +55 51 99828-1594

INTITUIÇÕES E GRUPOS APOIADORES DA RETOMADA.

• Povo Mbya Guarani RS • Ação Nascente Maquiné – ANAMA • Associação de Estudos e Projetos com Povos Indígenas e Minoritários AEPIM • Associação dos Juízes pela Democracia - AJD • Instituto Caminho do Meio – ICM • Clube de Cultura • Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do RS • Conselho Estadual dos Povos Indígenas - CEPI • Conselho Indigenista Missionário - Cimi Sul • LAE- Laboratório de Arqueologia e Etnografia da UFRGRS • Universidade do Estado do Rio Grande do Sul – UERGS • Instituto Federal – IFRS (campus Osório) • RAIZ Movimento Cidadanista • Rede Pela Paz • Projeto “Viramundo” • TIMO arquitetura • Mova-C: Movimento Construindo Consciente  

Graditão imensa a todxs que participaram do processo, a todxs que apoiam este projeto!

                                                     

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