O Julho Negro é um evento de articulação internacional contra a militarização e o racismo no mundo. Ele é organizado por mães e familiares vítimas da violência do estado, comunicadores comunitários e grupos que formam os movimentos de favelas do Rio de Janeiro. Nos primeiros 'Julho Negro', a articulação se conectou com organizações como o Black Lives Matter (Vidas Negras importam) dos EUA, mães e familiares vítimas da Palestina, do México e da Associação de Haitianos do Brasil. No ano passado contou com a participação de países como: Palestina, Chile, Mapuche, Argentina, África do Sul, Colômbia e Índia. Este ano devido a conjuntura e potencialização da militarização e o racismo na América Latina, a proposta será articular e dialogar com movimentos e organizações da América Latina.
Nosso objetivo é internacionalizar as lutas, contar e denunciar as nossas dores, e juntar as nossas forças contra aquelas que nos oprimem e matam. Este ano, nossa programação está dividida em três dias. No dia 24, vamos discutir militarização no campo, nos terreiros e na cidade. No dia 25, durante toda a tarde, estaremos no Museu da Maré com três rodas de conversas: 1 - Corpos lgbtq+: militarização e a resistência favelada; 2 - Genocídio: das drogas ao cárcere; 3 - Mulheres Negras: nossa resistência vem de longe. Neste mesmo dia iremos fazer homenagens às mulheres faveladas. Já no dia 26, vamos montar a ‘Tenda da Resistência’ no Largo da Carioca, pela manhã distribuiremos roupas, brinquedos e livros em bom estado, faremos oficinas e diversas atividades culturais. À tarde, iremos fechar a programação com o ‘Tribunal Popular’, colocando no banco dos réus os Estados terroristas e racistas.