AJUDE O ALVES A CONCLUIR O MESTRADO NA ARGENTINA

Hola, sou Anderson Alves, tenho 24 anos, cria da Zona Oeste, formado em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro - FEBF e, atualmente mestrando em Historia e Memoria na Universidade Nacional de La Plata – FaHCE.

Eu precisei me deslocar pra longe, pra entender que tá difícil ser negro em qualquer lugar do mundo. Eu gostaria de conseguir compartilhar as varias situações que me ocorreram nesses dois meses nessa cidade “branca, europeia e moderna”, mas me dói e prefiro guardar para quem sabe talvez, expor tudo em um livro autobiográfico.

As coisas não estão tão fáceis como eu esperava que fossem, tenho tentando me manter bem diante as situações. Ja entendo que preciso usar de alguma artimanha para subverter todas essas situações e direciona-las ao meu favor, porém, ainda não sei como, ando pensando...

A questão é que preciso realizar alguns tramites para continuar no país, o prazo de validade do meu tempo em Buenos Aires é só até maio/2019 (são três meses apenas), dia 27 de abril de 2019 fará dois meses que cheguei em Buenos Aires, sem validar meu diploma de graduação, sem o documento nacional (DNI) e sem a solicitação de “Residência” eu não consigo arrumar qualquer emprego, sendo ainda mais complexo algo na minha aréa (educação).

Eu já havia realizado esses tramites de validação do diploma de graduação no Brasil (apostilamento Haya e tradução dos certificados analiticos), porém, há necessidade de uma validez também na Argentina. Sendo assim, as dificuldades aumentam quanto a minha estabilidade na cidade. Hoje, tenho onde ficar, tenho o que comer, sobretudo, algumas questões como minha locomoção para as aulas do mestrado e a realização dos tramites para regularização da minha residencia no pais é o que me assola.

Me pego, analisando que as dificuldades são as mesmas, sem grana de passagem, sem grana pra comer um lanche no período da faculdade, sem muitas perspectivas, a situação piora, quando eu percebo que não estou no meu “habitat natural” e, não vou encontrar minha rede de apoio: amigos e família. Aqui os perreguens são os mesmo, a diferença daqui para o Brasil, é que aqui, eu estou só. Peço ajuda dos amigos, professores e outros sujeitos que acompanham minha pesquisa e minhas intervenções. Tenho muito interesse em terminar o mestrado aqui e conseguir realizar uma pesquisa que contribua para uma educação anti-racista na América Latina, mesmo diante as situações perversas que venho vivenciando, me coloco a disposição de até o fim!