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Ajude-nos à construir uma nova casa para a Dona Fátima

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Vaquinha criada em: 12/06/2021

 

Olá, tudo bem? Que bom te ver. Por algum motivo você chegou até aqui, e será um prazer contar um pouco a história da Dona Maria de Fátima de Oliveira para você. Assim entenderá melhor porque vale a pena ajudar essa mulher tão merecedora. Certamente, toda sua história de vida daria para escrever um, dois, três ou vários livros. Se você sentar para conversar com ela, serão vários meses e somente ela falará, porque quem gosta de uma conversa é ela. Sempre de bom humor e muito papo. 

Eu me chamo Analu (e adoro falar também). Minha história com ela começou tímida à cerca de 5 ou 6 anos, ganhando intensidade há cerca de 2 anos. Fui morar em um condomínio e Dona Fátima era responsável pela limpeza da área comum. Conversávamos o básico e geralmente era sobre cachorros, pois nos encontrávamos nos corredores quando eu estava indo trabalhar e ela, sempre muito querida, me desejava um bom trabalho! Trabalho esse que há 2 anos veio a ser trabalho dela também. Quando assumimos uma nova empresa precisávamos de algum colaborador para a limpeza e a primeira pessoa que me veio à cabeça foi ela, pois sabia que ela trabalhava apenas 2x na semana no condomínio e daria para conciliar os dois trabalhos. Quando a chamei para conversar e fiz a oferta ela aceitou de prontidão sem mesmo saber o valor da sua remuneração. Em Maio de 2021 completaram 2 anos que ela trabalha conosco e aos poucos fui conhecendo sua história de vida. Ela tem 60 anos, nascida no interior do Paraná, mãe de 4 filhos adultos e reside na cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba (Ela não reside sozinha, ela é bem acompanhada de 3 cachorros, 1 periquito, 1 calopsita e um gato). Para chegar ao trabalho é um longo percurso: uma subida íngreme a pé, 3 ônibus e, por fim, mais uma caminhada de aproximadamente 10 minutos até finalmente chegar.

Certo dia Dona Fátima me ligou para dizer que a sua máquina de lavar havia estragado e por este motivo ela não estava conseguindo lavar os panos de limpeza da empresa. Conversamos um pouco, e assim que desliguei o telefone falei ao meu marido Thiago: Sinto que a Dona Fátima precisa de ajuda! Pensei de prontidão em comprar alimentos. Falei com a filha dela, Márcia, que trabalha na nossa casa e ela me falou de alguns itens de alimentação e higiene que a Dona Fátima pudesse precisar. Compramos, e no sábado (22/05) pela manhã eu liguei e falei: Dona Fátima, preciso falar com a senhora, estou indo na sua casa. Ela assustada respondeu: “Na minha casa?”. Sim, chegaremos ai entre 13 h e 14 h. Ao chegamos, se deu início o meu motivo de estar aqui hoje! Conhecemos sua casa, que é localizada em um local de invasão, mas que foi adquirido por ela há 11 anos por R$6.000,00. Diante da realidade, ao entrar no carro, desabei em choro, pois eu não conseguia acreditar que uma pessoa que eu tenho tanto carinho viva nesta situação. Neste mesmo dia, conversando com meu marido e meu principal incentivador neste projeto, pensamos no que poderíamos fazer para ajudá-la. Comecei entrando no site da Copel (Companhia de energia) para verificar como estava sua situação e constatei que ela estava com 3 contas de energia atrasadas e mais uma conta que venceria no dia seguinte, somando 4 faturas. No desespero de que cortassem sua energia, consegui junto com outra pessoa, pagar essas 3 faturas. Quanto ao conserto da máquina de lavar, que custaria R$525,00, a empresa custeou R$300,00 e meu marido R$225,00. Dona Fátima é uma senhora batalhadora e sofrida. A vida lhe trouxe uma dura realidade! Trabalhava no campo desde muito pequena, foi mãe aos 16 anos, criou 2 filhos sozinha. Quando se casou novamente por cerca de 20 anos, sofreu abusos físicos, psicológicos, e era proibida de trabalhar fora. Seu trabalho era em casa, com costura. Deste casamento ela teve mais 2 filhos. Atualmente, mesmo com uma família grande, ela mora sozinha (e com os animais) e seu sustento provém do seu trabalho. Ela necessita de esforço físico no trabalho, porém ela está acima do peso, é cega de um olho (esquerdo) e já precisou ser operada há alguns anos do coração, além de ter problemas nos joelhos. Portanto sabemos que não poderá trabalhar por muito mais tempo. Devido esta deficiência, um dos nossos objetivos era conseguir aposentá-la, pois em março de 2021 entrou em vigor a Lei nº 14.126/2021, que dá direito de aposentadoria à mulheres acima de 55 anos, com 15 anos de contribuição e que possuem visão monocular, mas por não ter os 15 anos necessários de contribuição, não foi possível. Ir até a casa dela me trouxe um choque de realidade. Eu não consigo aceitar que ela não tenha um sofá e uma televisão para assistir e relaxar após um dia cansativo de trabalho, um guarda-roupas, que ela não tenha uma mesa para fazer suas refeições, apenas uma cadeira que eu dei a ela quando troquei a minha do escritório, que sua cama esteja em péssimas condições, micro-ondas sem funcionar e a lista só aumenta… Eu passei o dia chorando e me questionando: Por que o mundo precisa ser tão desigual? Ela merece uma vida mais confortável. Não estou falando de nada luxuoso, estou falando de o mínimo de dignidade. Ela é merecedora, ela tem fé e sei que é isso que a mantém esperançosa em construir uma nova casa e eu quero conseguir isso pra ela. Ela fala: Você é minha fadinha!! Já ajudei outras vezes, com coisas pequenas a meu ver, mas para ela foi grandioso, e ela é totalmente agradecida com cada gesto. Adoraria conseguir isso sozinha, infelizmente não é possível. Mas eu tenho essa missão com ela! Se você está lendo até aqui, você pode me ajudar. Se não for com dinheiro, mas você tem algo para doar, será bem-vindo(a). Se sua mão de obra for útil para algo que ela precise, também será bem-vindo(a). Ela precisará de muitas coisas, pois pouco poderá se aproveitar do que ela tem hoje. Se você ver as fotos, perceberá uma acumulação por parte dela, mas espero que veja isso neste momento não com sentimento de julgamento, mas de acolhimento. A acumulação é uma doença e estamos em busca de tratamento para isso também! Estamos em contato com uma Assistente Social da sua cidade para que ela possa nos ajudar. A acumulação traz junto pouco espaço para circular na casa que por si só já é pequena (cerca de 35m²), muitos sacos e caixas espalhados por todos os lugares. Ela precisa de ajuda para dar início à uma limpeza e desapego, pois não consegue sozinha. A casa chegou em um estado que não tem muito o que se fazer, precisa derrubar e construir outra. Essa casa atual está literalmente caindo. As janelas estão quebradas, os cupins tomaram conta, o telhado está boa parte coberto com uma lona, o forro está caindo, quando chove um pouco mais forte a água entra na casa, os encanamentos do banheiro estão com problemas, não á água na pia e privada… Não há quase nada do que se aproveitar! 

Qualquer valor é muito bem-vindo e ela será imensamente grata a você! Precisamos arrecadar um valor que possa suprir a construção da nova casa, caçambas de entulhos, aluguel de uma casa para ela morar no período que a nova casa estiver em construção, comprar móveis que possamos não conseguir de doação, castrar seus cachorros (Conseguimos uma madrinha que castrou as duas fêmeas), frete de mudança e busca dos móveis de doação, etc… E se você leu até aqui, muito, muito, muito obrigada! São muitas informações que talvez na minha emoção em escrever tenham se perdido. Mas se você tiver qualquer dúvida, pode falar comigo! Será um prazer poder falar sobre ela. Se você não pode ajudar financeiramente, mas pode passar essa informação à diante, com certeza é uma ótima ajuda também. Se você tem algo para doar, eu me prontifico em buscar. Muito obrigada! Com carinho, Analu

“A empatia é certamente um dos mais nobres sentimentos humanos. Para entender e ajudar o próximo é necessário se imaginar na condição dele”.

 

 

 

 

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