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Ajude Lucas Cerqueira a estudar na Espanha

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Vaquinha criada em: 09/08/2019

Eu, LUCAS DE OLIVEIRA CERQUEIRA, 26 anos, sou formado no Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e estudante de Direito na mesma universidade. Trabalhei como estagiário de Direito no Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia e na Defensoria Pública do Estado da Bahia. Pesquisador na área de Direito Constitucional e Fotógrafo de Natureza, Paisagens e Documental. Venho através deste comunicado, requerer contribuições financeiras para custear parcialmente os bens necessários para manutenção da minha estadia por 6 meses em intercâmbio estudantil que fui selecionado em Convênio firmado entre a Universidade Federal da Bahia e a Universidade de Granada (UGR) na Espanha .

Sou um estudante empenhado, sonhador e de origem pobre. A educação foi o caminho que minha família sempre incentivou, como uma forma de crescimento pessoal e social. Devido a isso, acredito que a educação é a mais importante ferramenta para a resolução de uma série de problemas sociais da nossa atualidade, como a desigualdade social, racismo, corrupção, violência , criminalidade e o desemprego.

Acredito que sou um representante de uma população que infelizmente não teve acesso às oportunidades que tive, e sou eternamente grato à minha família que sempre acreditou em mim e à Universidade Federal da Bahia, instituição pública e de qualidade, que me apresentou um mundo de oportunidades e conhecimentos desconhecidos por mim e por meus ancestrais.

Meu primeiro emprego foi como estagiário do programa Jovem Aprendiz, na empresa ESAB Indústria e Comércio quando eu tinha 16 anos em 2009. Terminei o ensino médio em 2010, e meu contrato de estágio venceu no início de 2011. Iniciei esse ano de forma bem debilitada. Tinha perdido no meu primeiro vestibular (2010), estava sem trabalho, e meus pais estavam se separando.

Após a separação dos meus pais, passei por uma grave crise financeira e familiar. Não tinha dinheiro para pagar um curso pré vestibular convencional e precisava me dedicar de corpo e alma, porque a única opção era passar em uma universidade pública. Se eu não tinha dinheiro pra pagar um cursinho, quanto mais uma faculdade.

Foi então que conheci o pré vestibular social Negra Zeferina da UNEB, lá eu pagava apenas um valor simbólico, pois o cursinho tinha como público alvo estudantes vulneráveis como eu. Mas eu não tinha dinheiro para pagar o transporte, a alimentação na rua, livros, xérox, e outros custos altos de um estudante. Sendo obrigado a pagar passagem inteira, várias vezes tive que passar humilhação na traseira do ônibus, com pouquíssima condição até para me alimentar, que por muitas vezes almocei pão com mortadela, aipim com manteiga, e pedia até café pra tia do restaurante quase todos os dias. Não tinham saídas, não tinha lazer, e fiquei dois anos sem comprar roupas novas.

Ao mesmo tempo que estudava para o pré vestibular, eu fazia um curso técnico em Eletrotécnica, caso eu não conseguisse passar no vestibular. Minha vida se resumia a estudar, e eu só conseguia pagar o transporte quando não trazeirava quando fazia o trabalho que valiam nota para os meus colegas. Essa era minha única fonte de renda para pagar cursinho, transporte, alimentação, e ainda estudar para o curso técnico e para o vestibular do curso mais concorrido da área de ciências humanas, que era Direito na UFBA e na UNEB.

No tradicional vestibular UFBA, passei na primeira fase para Direito no ano de 2011,, mas na segunda fase perdi, não por não ter estudado o suficiente, mas por ter ficado extremamente nervoso, pois não tinha outra opção sem ser passar em uma universidade pública.

Após a frustração de ter perdido mais essa etapa, me matriculei novamente no cursinho Zeferina no ano de 2012, e tentei novamente, com o compromisso de me dedicar o dobro. Já havia terminado o curso técnico mas não exerci a profissão. Meu foco era entrar na UFBA. Trabalhava com ações no semáforo, com panfletagem e carregando placas de divulgação de imóveis nos fins de semana, enquanto que estudava todo o dia durante a semana. Após intenso trabalho, perdendo várias noites, passando o dia todo nas aulas e na Biblioteca da UNEB, tentei desta vez para o Bacharelado Interdisciplinar em Humanidades, curso criado pelo programa de expansão das universidades públicas, aumentando vagas para estudantes pobres, criando curso noturno e dando a possibilidade de estudar o geral das ciências humanas por 3 anos para depois migrar para um outro curso, que poderia ser Direito.

Finalmente passei em 2013! Entrei no curso Noturno o que me possibilitou trabalhar durante o dia com Telemarketing. Depois de um tempo, fui demitido da Empresa sem justa causa, e aproveitei o tempo livre para me dedicar mais à vida acadêmica. Fiz pesquisa, extensão, monitoria, entrei no curso de inglês, aprendi a fotografar, participei do movimento estudantil, fui em diversos Congressos Acadêmicos e Estudantis, e finalizei meu curso no tempo mínimo (3 anos), muito mais maduro e migrei para o curso de Direito no ano de 2016.

Quando me formei, fui selecionado para o curso de Direito, mas minha classificação foi para ingressar no segundo semestre de 2016. Fiquei então com o primeiro semestre desse ano sem estudar. Utilizei o dinheiro da recisão do trabalho de Telemarketing para uma viagem barata pela Bolívia, Chile e Peru por 2 meses. Meu desejo sempre foi fazer um intercâmbio, e já tinha tentado a seleção no programa Institut D'Études Politiques de Rennes na França, fui selecionado mas não consegui a bolsa. Neste ano, o país também estava entrando na atual em crise econômica e política, pensei que seria uma oportunidade muito remota conseguir um intercâmbio com bolsa. Resolvi fazer por conta própria uma viagem internacional, acreditando que isso me daria mais conhecimento para buscar um intercâmbio, pois voltaria com o espanhol fluente.

Nesta viagem eu sabia que o dinheiro que tinha era insuficiente para o tempo. Então me preparei para trabalhar durante a viagem, levei material para produzir artesanato, uma câmera fotográfica e até um pandeiro. Me roubaram R$500 no primeiro dia, mas isso não foi motivo para desistir. Recuperei o dinheiro trabalhando em restaurante, agências de turismo, hostels, vendi artesanatos, fotografias, pedi carona, e dormi vários dias em casas de família sem gastar um real pelo aplicativo Coachsurfing e trocando trabalho por acomodação.

Neste empenho, surgiu o projeto de Fotografia, criado por mim quando estava no Peru, com apenas 30 reais no bolso, e ainda devendo a acomodação onde estava hospedado, transformei 20 reais em 50, e 50 em 200, e consegui concluir minha viagem. Quando retornei para o Brasil, desenvolvi este projeto junto com minha namorada, Desirée Idaliette, e graças ao nosso trabalho, conseguimos ter acesso à mais oportunidades de crescimento. Neste projeto transformamos as experiências e conhecimentos das viagens, assim como conhecimentos desenvolvidos na Universidade, em fotografias que traduzem ideias e sentimentos. Vendemos estas fotografias, e assim conseguimos seguir mais longe, compartilhando motivação e ajudando outras pessoas a viajar e expandir conhecimentos e experiências.

Me matriculei na UFBA e continuei minha vida universitária na área do Direito, sempre desenvolvendo trabalhos acadêmicos. Produzi dois artigos, e desenvolvo uma pesquisa em Direito Constitucional.

No ano de 2017 apresentei um artigo, fruto de uma pesquisa chamada “Limitação de acesso da população negra à cidadania” no V Congresso Brasileiro de Filosofia da Libertação e II Encontro Internacional de Filosofia Africana, onde tratava no artigo a restrição de direitos à população negra no Brasil entre as décadas de 1850 a 1920. No mesmo ano, apresentei o mesmo trabalho no III Congresso Nacional de Estudos e Pesquisas Jurídicas (CENEPEJ).

Em 2018 participei e apresentei outro trabalho no 16° Congresso Brasileiro de Direito Internacional, no Estado do Paraná, cujo título era: “Novos Direitos na América do Sul, qual democracia queremos?”, onde trato dos novos direitos da população afrodescendente no Brasil, Bolívia, Colômbia e Equador após as Constituições de 1980.

Em 2019, apresentei este mesmo trabalho em Comunicação Oral no I Semana de Altos Estudos Jurídicos do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFBA (I SAEJ), que aconteceu nos dias 07, 08 e 09 de maio de 2019 na Faculdade de Direito da UFBA. O mesmo artigo foi apresentado em Comunicação Oral, no dia 21/05/2019, no Seminário Interno de Pesquisas Jurídicas, do Centro de Estudos e Pesquisas Jurídicas da UFBA.

Estagiei em dois referenciados órgãos públicos, o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado da Bahia, onde trabalhava com Direito Administrativo e Direito Financeiro, no controle das contas públicas e na fiscalização contábil e financeira dos Municípios baianos e na Defensoria Pública do Estado da Bahia trabalha na assistência e orientação jurídica à população mais pobre e hipossuficiente nas áreas Cível e Criminal.

Mesmo com o país em crise, luto todos os dias para aproveitar o máximo das oportunidades ainda disponíveis, entre elas o Intercâmbio Estudantil. Aquele sonho, ressurgiu, e continuei a busca e oportunidades, que apesar de remotas, havia vivenciado um longo e profundo processo de amadurecimento. Foi quando tentei um processo seletivo de Intercâmbio da Fundação Botín na Espanha e perdi também.

Depois disso apresentei um trabalho no 16° Congresso Brasileiro de Direito Internacional, em Foz do Iguaçu, e me qualificava ainda mais. Quando voltei deste Congresso, decidi me inscrever no Intercâmbio do Convênio da Assessoria de Assuntos Internacionais da UFBA em parceria com a Universidade de Granada na Espanha, e fui selecionado pelas duas universidades.

Porém, para ir à Europa e aproveitar ao máximo as oportunidades disponíveis no Velho Continente, não possuo ainda os recursos suficientes. Por isso, surge a necessidade de criar este financiamento coletivo. O financiamento é para compra de bens necessários ao meu deslocamento (passagem de avião, mochila e transporte), à minha estadia na compra de produtos e serviços necessários para o meu desenvolvimento acadêmico e cultural (notebook, livros, cursos, congressos, museus etc).

Os recursos também servirão também para compra de bens de capital, que se tornarão uma fonte de renda na própria viagem, entre eles uma câmera fotográfica, tripé e hd externo. Esses materiais serão investimentos para o Projeto de Fotografia, que podem ser um instrumento de troca e uma fonte de receita na própria viagem, ou seja, diminuirão os custos e garantirão um retorno dos valores investidos.

Importante lembrar que os intercambistas europeus promovem as revoluções científicas após densos investimentos financeiros aos seus estudantes, possuindo recursos suficientes para uma vivência ampla do ponto de vista científico e cultural. Busco enquanto estudante latino americano, as mesmas oportunidades para promover também uma revolução científica em meu país.

O financiamento me possibilitará também estabelecer vínculos e contatos acadêmicos, profissionais, conseguir estágio e prática jurídica não remunerada, conhecer a história e cultura dos países europeus, desenvolver tecnologia científica na área das ciências humanas (especialmente na área do Direito), desenvolver os conhecimentos da fotografia, produzir conteúdo, ensaios temáticos e cultura, desenvolver projetos sociais que resultem em efetiva transformação positiva na vida das pessoas, como instrumento de resolução de problemas sociais no Brasil, para se transformar em potenciais políticas pública.

O financiamento será um subsídio ao desenvolvimento do projeto de fotografia. As fotografias são baseadas em diversas temática como “Experiências fotográficas nos Andes”, “Monumentos e Histórias de heróis da América Latina”, “Janelas da Classe”, “Quilombos do Brasil”, “Heróis e Heroínas da América Latina”, que tratam de fotografias de Natureza, Paisagens Urbanas, Histórias e Cultura, com fotografias em tamanho 10x15 cm, 15x21 cm e 20x30, além de imãs de geladeira em tamanho 7x9 cm.

Tais reflexões se dão na “expansão da visão de mundo a partir da Fotografia e Viagens”, cujo objetivo é compartilhar tais vivências, a arte e criatividade, relatar outras formas de viver, outras experiências culturais, diferentes paisagens geográficas, a história destes países, tão quanto incentivar as pessoas à terem tais experiências.

A venda dessas fotografias possibilitam a reflexão artística, a ampliação da visão de mundo, o estabelecimento de vínculos profissionais, a motivação e o compartilhamento de ideias. O Ensaio “Janelas da Classe” por exemplo, apresento fotos minhas de variadas janelas para mostrar as Classes Sociais. Faço a reflexão do quanto as classes sociais delimitam as diferentes visões de mundo, através da representação das janelas.

O Ensaio “Heróis e Heroínas da América Latina” apresento fotografias autorais de diversos monumentos históricos de lideranças ou pesonalidades históricas que lutaram pela libertação da América Latina, como Maria Quitéria, Castro Alves, Zumbi dos Palmares, Juana Azurduy, General Andrés Guaçuarí, Tupac Amaru, Ganga Zumba, e vários outros.

O Ensaio “Quilombos do Brasil” apresento os diversos Quilombos que conheci, como Kaonge, Maria Trindade, Palmares, Muquém, Barra, Bananal em seu aspecto cultural, humano, urbanístico, desses povos ancestrais e tradicionais, que revelam muito sobre o Brasil profundo, de comunidades e povos desprezados pela mídia convencional, mas que contribuíram e contribuem significativamente para o patrimônio cultural brasileiro.

O Ensaio “Experiências Fotográficas nos Andes” mostra a beleza incrível dos países andinos que conheci, como Bolívia, Argentina, Chile e Peru. As montanhas das cordilheiras dos andes, montanhas, lagos, desertos, são experiências visuais e espirituais incríveis que a maioria da população brasileira desconhece, e o melhor, são lugares mais baratos que o Brasil, e tão incríveis quanto!

Quem me conhece sabe da minha preocupação com a sociedade brasileira. Estudo para buscar soluções científicas para os diversos problemas sociais que o povo brasileiro sofre, entre eles a violência urbana, a corrupção, a desigualdade étnica, racial, de gênero, de recursos. Acredito de verdade que, o investimento que recebi, me dá a possibilidade e a responsabilidade de encontrar soluções, assim como os cientistas das ciências naturais encontram quando desenvolvem qualquer tipo de tecnologia usual, como a criação da energia elétrica ou nos veículos automotores.

Para tanto penso: Qual a necessidade da população com relação ao Direito e a Fotografia? Penso muito no desconhecimento da população com relação ao Direito Público, especialmente relacionada ao Direito Constitucional, área que tenho maior afinidade na pesquisa jurídica, tendo escrito dois artigos como o Limitação de acesso à cidadania pela população negra e Novos Direitos na América do Sul, qual democracia queremos.

Me comprometo em escrever e publicar gratuitamente dois livros em um prazo de dois anos ( podendo ser prorrogado) sob as seguintes temáticas:

1- Livro sobre minha trajetória pessoal, ensinando como viajar, e como a fotografia e o direito promoveram uma expansão do meu conhecimento, garantindo habilidades para alcançar meus sonhos.

2- Livro sobre Direito Público, explicando a importância do Direito como instrumento de acesso à Justiça, à Cidadania e à Políticas Públicas, refletindo o quanto a ausência deste conhecimento e destas políticas explicam alguns dos vários problemas sociais sofridos pela população brasileira, como a criminalidade, a desigualdade, e as violências de classe e racial.

Além da responsabilidade em escrever e publicar gratuitamente as duas obras citadas, me comprometo em realizar 5 exposições fotográficas, com material de qualidade em diferentes escolas públicas da cidade de Salvador, para difundir o acesso ao conhecimento, à cultura, e incentivar outros jovens a se emancipar socialmente e profissionalmente.

Tais contribuições são espécies de redistribuição do investimento que recebi durante minha formação escolar e universitária para a sociedade, buscando comprovar que investir em educação traz retorno econômico, paz social e desenvolvimento.

 

Quem preferir, pode fazer o depósito diretamente na Conta Corrente abaixo:

BANCO DO BRASIL

Agência: 3457-6

Conta Corrente: 68598-4

 

Prêmios para quem ajudar na Vaquinha Online!

1- De R$25 a R$49 = 1 imã de geladeira tamanho 9x13 com foto autoral

2- De R$50 a R$ 99 = 2 imãs de geladeira ou 1 quadro tamanho 10x15 com fotos autorais

3- De R$100 a R$ 199 = 1 Quadro tamanho 15x21 com foto autoral

4- De R$200 a R$299 = 1 Quadro tamanho 20x30 com foto autoral

5- De R$300 a R$399= 1 Quadro tamanho 30x40 com foto autoral

6- A partir de R$400= 1 Quadro tamanho 30x40 + 1 Quadro tamanho 20x30 com fotos autorais

OBSERVAÇÃO: POR ENQUANTO SÓ PODEMOS FAZER ENTREGAS NA CIDADE DE SALVADOR DE PREFERÊNCIA NAS ESTAÇÕES DE METRÔ.

É necessário entrar em contato pelo Instagram @lucasocerqueira ou whatsapp 71 991797592 para combinar o local e horário da entrega.

 

Muito Obrigado!!

Você e a vaquinha concorrem a R$ 15 MIL
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