Oi, me chamo Carol e vou contar um pouquinho da minha história pra vocês!!
Em 2017 me vi precisando sustentar a mim e minha casa, por conta própria. Meu pai cedeu seu táxi e desde então era ele minha fonte de renda. Conheci meu melhor amigo, companheiro e marido André e engravidamos em 2019. Precisei diminuir minha jornada de trabalho e André passou a trabalhar com o táxi e sua moto, sustentando nossa casa. No começo deste ano sofri um aborto e acabamos por decidir que eu voltaria a trabalhar. Mas o improvável aconteceu e veio a pandemia, ficamos sem trabalhar. No dia das mães sofremos um acidente. Nós saímos com pequenos ferimentos mas o meu carro, fonte de renda da minha casa ficou com a frente totalmente danificada e sem possibilidade de rodar na rua sem grandes consertos. Eu e André nos vimos num momento difícil sem possibilidade de arcar com os custos do conserto. Diminuímos tudo o que podiamos em casa e infelizmente vendemos o título da cooperativa em que trabalhávamos na esperança de custearmos o conserto e podemos voltar a trabalhar com o táxi. Mas o valor para isso era maior do que o esperado, conseguimos finalizar a lanternagem e a compra de algumas peças e ainda faltava suspensão, parte mecânica e toda a documentação. No decorrer de tudo tivemos uma nova surpresa, estava grávida de novo e em meio a toda alegria soubemos ser uma gravidez de risco. Minha familia, nos ajudava emprestando seu carro quando nossos clientes precisavam do nosso serviço. André passou, também, a trabalhar com aplicativos de entrega com sua moto e íamos aos poucos conseguindo o que queriamos. No dia 13 de outubro enquanto trabalhava André sofreu um acidente e faleceu. Me encontrei sozinha com a responsabilidade de manter a nossa casa, as coisas pro meu tratamento de risco e para a chegada do nosso filho, com quase 8 meses de gestação. Hoje conto com o apoio da minha família para conseguir manter minha casa e sigo fazendo poucas corridas com o carro da minha família emprestado. Mais do que nunca preciso do meu táxi, para poder voltar a trabalhar e sustentar meu filho. A vakinha foi o meio que encontrei para conseguir o valor necessário para o conserto que ainda falta no táxi e ter minha fonte de renda de volta por inteiro. Mais que nunca meu filho precisa de mim, e eu não posso deixar faltar nada a ele. Ele é um pedacinho que André me deixou.