Ajuda para cirurgia de Implante de neuroestimulador.

Me chamo Ingrid,tenho 25 anos,e assim como muitos de vocês que estão lendo o meu relato,eu tenho sonhos,ou pelo menos tinha.O fato,é que eles foram interrompidos,quando há 4 anos eu fiz uma mamoplastia redutora,e eu jamais imaginaria tamanhas lutas que eu enfrentaria.

Tudo começou quando eu saí do centro cirúrgico,eu não conseguia entender o porquê de tanta dor,era Tramol,era Morfina,e nada adiantava.

Quando fui pra casa,eu passei cinco dias sem dormir nada,passei muito mal,sem forças,domínio sobre o meu corpo,e uma dor desesperadora,mas a gente sempre pensa que vai passar,não é mesmo?

O problema, é que nunca passou,e o pesadelo que me assombra há quatro anos,nunca sequer amenizou,fora a estética que eu precisaria reconstruir devido a uma série de acontecimentos,e uma infecção séria que quase custou as minhas aréolas.Em meio a tudo isso,eu precisei recorrer a diversos médicos de variadas especialidades,e o que eu mais recebi foi humilhação,e toda nova consulta,era um frio na barriga,por medo de ser destratada.

Os médicos a qual me referi,esgotei possibilidades aqui em Nova Friburgo,cheguei a ficar internada por cinco dias tomando medicação venosa,e nada fazia o mínimo efeito,fora que eu tive pouquíssima assistência no meu período hospitalar,foi aí que eu precisei sair da minha cidade.Niterói,Volta redonda,Rio de Janeiro,cada vez um diagnóstico diferente,ou até mesmo a falta de um.Nenhum médico conseguia entender porque eu sentia tantas dores,choques,ardências e pontadas nas mamas,porque não podiam tocá-las pra examiná-las devido às dores insuportáveis,porque eu havia perdido o movimento dos braços,e porque me queixava até mesmo de desmaios de dor.

Mesmo sem forças,e com as esperanças quase esgotadas,me submeti a diversos exames(exame caro que o convênio não cobriu)tratamentos,remédios controlados como:Mytedon,Gabapentina,Velija,Etna,

Oxycontin,Restiva (um medicamento que ficava colado 24H no meu corpo),remédios esses que não aliviavam em nada a minha dor,mas me traziam vários efeitos colaterais:tonturas,a ponto de não conseguir virar a cabeça,tremedeiras,diarreia,vômitos,coceiras e bolinhas pelo corpo,descobri alergias,e por eu ser muito reativa a fortes medicações usadas em dores agudas,tentaram experimentar coisas mais invasivas em meu tratamento.Fiz um procedimento cirúrgico no Rio de Janeiro,e dias depois me vi sendo “agulhada” nas mamas com agulhas enormes guiadas por ultrassom,eu senti tudo,uma dor desesperadora,nem o anestésico local bloqueou um pouco da dor.

Pois bem,tratei por cerca de um ano no Rio de Janeiro,fiz dois meses de Lidocaína venosa na Unimed em nova Friburgo,e dava um parecer pros médicos do Rio,mas infelizmente eu não respondi a nenhum tratamento,e eles seguiam a linha de que eu tinha lesões neurológicas,mas como eu não respondia de fato a nenhum tratamento,eles não fecharam o meu diagnóstico.Outra vez eu vi uma porta se fechar,pois os médicos que me assistiam,não sabiam mais o que fazer,e começaram a me ignorar,eu tentava o contato,e nada,cheguei a ouvir que eu ficaria assim para o resto da vida,e então,minha família e eu,fomos em uma tentativa desesperada para São Paulo,e se era difícil ir até Niterói,devido eu passar muito mal e sentir muita dor no deslocamento,imagina até São Paulo?

Pois é,fomos até São Paulo,e eu conheci um médico humano e incrível.Já na primeira consulta,ele disse que era possível ver o meu sofrimento estampado no rosto,disse também que eu tinha dor neuropática grave,proveniente de múltiplas lesões neurológicas nas mamas,um médico com vasta experiência em casos de dores agúdas,que decidiu me acolher,e então,mais uma vez eu fui para o centro cirúrgico tentar mais um procedimento cirúrgico,e só Deus sabe o que eu passei nos centros cirúrgicos,sentindo absolutamente tudo,mesmo sedada/anestesiada 😭

E infelizmente,mais uma vez,eu não respondi ao que se esperava,e desde junho do ano passado,o Dr me solicitou uma cirurgia um tanto cara,e o meu convênio negou por 4 vezes,com isso eu entrei na justiça,e mesmo com o médico solicitando urgência,a justiça não agiu em meu favor,e o meu processo permanece sem sentença,e essa cirurgia,é a minha chance de cessar essas dores que não só assolam o meu físico,mas também a minha alma.

Eu,uma jovem que durmo sentada há quatro anos,dependo dos cuidados da minha mãe e do meu marido,pra executar as mais simples tarefas:tomar banho,levantar,vestir uma roupa,tudo isso porque as dores levaram o meu sorriso,e os dos poucos que ainda continuam segurando as minhas mãos,as dores levaram a minha saúde,e a minha mobilidade,e hoje eu vivo 90% do tempo acamada e chorando,me restando um pingo de esperança.Eu finalizo o meu relato em lágrimas,e se você se sensibilizou com a minha história,faça a sua contribuição,e me ajude a deixar de sentir essas dores insuportáveis.

Itaú

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