
Olá sou a professora Olga Souza, pessoa com deficiência visual (cega) e usuária de cão-guia. Meu cão-guia, Darwin, da raça Flat Coated Retriever, está aposentado há seis meses devido a catarata e atrofia nos quadris. No momento, ele está hospitalizado em uma clínica particular, pois apresentou dificuldades para se alimentar devido a uma infecção desconhecida.
Infelizmente, na UFRGS não havia um especialista odontológico veterinário disponível para atendimento imediato, o que nos obrigou a recorrer a um atendimento particular, dada a urgência do caso. Atualmente, Darwin está sendo alimentado por sonda. Devido à minha deficiência visual, não consigo auxiliá-lo nesse processo em casa, o que tornou necessária sua internação por um período maior do que meu orçamento permite.
Até o momento, os custos com cirurgia, exames laboratoriais, internação e medicação já somam cerca de R$ 10.000,00, podendo chegar a R$ 25.000,00. Diante dessa situação, peço ajuda por meio desta vaquinha para conseguir arcar com as despesas médicas do Darwin.
Caso não possa ajudar financeiramente, por favor, colabore com a divulgação!
Contato WhatsApp: (51) 9 9778-4777
OBSERVAÇÃO: Caso o valor arrecadado exceda os custos praticados na situação do Darwin, o valor residual será inteiramente doado para ONGs que resgatam animais de rua.
Desde já, agradeço imensamente!
VETERINÁRIA (28/02/2025): Durante a consulta o Darwin apresentava dificuldade de mobilidade, não conseguindo ficar em pé. Estava com muita salivação, inclusive as patas ficavam muito molhadas, perdeu peso. Realizados exames laboratoriais e de imagem. Apresentava anemia, e a quantidade de plaquetas muito altas. Foram realizadas sessões de laserterapia e moxaterapia para dar um melhor conforto, bem como a prescrição de alguns medicamentos. Foi encaminhado para a clínica para avaliação com a Veterinária especializada em odontologia e cirurgia.Ficou internado na clínica para realização de biopsia pois apresenta um aumento de volume abaixo da língua, estamos aguardando o resultado do exame. Enquanto isso segue internado com sonda esofágica para alimentação e fluidoterapia.
VETERINÁRIA (04/03/2025): Darwin iniciou alimentação com ração em papa. Está se alimentando aos poucos sem a sonda; gengivas ainda muito sensíveis; já está fazendo xixi e cocô, porém ainda internado e aguardando diagnóstico.
EM CASA (10/03/2025): Darwin está melhorando, está comendo mais e fazendo suas necessidades fisiológicas com autonomia. Porém ainda está sob cuidados para alimentação especial (já sem sonda). Duas vezes ao dia faz curativos no local onde foi introduzida a sonda no pescoço. Aguarda diagnósticos/laudos dos exames.SITUAÇÃO (31/03/2025): O Darwin precisou ser internado novamente, desta vez com uma crise respiratória. A baba que ele apresentava agora indica um possível comprometimento pulmonar. Felizmente, tudo está sob controle, pois percebi os sintomas ontem e o levei imediatamente à clínica. Apesar do susto, ele está lá, bem animado, embora com tosse.
A veterinária e o laboratório pediram um novo exame, chamado FAN (fator antinuclear), que será realizado em São Paulo. Não sei exatamente o que significa, mas, como nenhum exame apontou sinais claros de doença autoimune, acreditam que pode haver outra causa subjacente. Tudo isso é para ajustar a medicação corretamente.UM POUCO MAIS SOBRE A HISTÓRIA DE DARWIN E OLGA.
Relato Professor Leonardo Goulart Nunes:O cão-guia Darwin e seu irmão Dexter foram os únicos cães-guia da raça Flat Coated Retriever no Brasil até a presente data. Darwin foi um dos primeiros cães treinados e entregues pelo Instituto Federal Catarinense a pessoas com deficiência visual. Seu treinamento foi fundamental para a formação dos primeiros profissionais como Treinadores e Instrutores de Mobilidade com Cães-guia, possibilitando o desenvolvimento de um novo plantel de cães-guia no país. Além disso, esse processo foi essencial para a divulgação e popularização da cultura do cão-guia entre as pessoas com deficiência visual no Brasil.
Relato Profa. Olga:Lembro de dois fatos marcantes envolvendo Darwin, que, segundo minha memória, chegaram até a ser noticiados. O primeiro ocorreu em fevereiro de 2017, na semana antes do carnaval, em Camboriú. Eu estava de férias com uma amiga e o Darwin quando fomos abordados pela polícia, que nos pediu para sair da praia. A justificativa foi que a polícia havia recebido uma denúncia anônima de que um cachorro estava sujando a água do mar, e esse cachorro era o Darwin! (Links das notícias estão ao final do texto). O caso foi parar na justiça em Santa Catarina e, em 2023, o processo foi encerrado com a vitória do Estado. A juíza alegou que os policiais não tinham a obrigação de conhecer as leis. O professor Leonardo Goulart, como instrutor de Cães-guia, acompanhou o processo e foi testemunha nesse caso, mostrando o quanto Darwin era especial!
O outro fato ocorreu em 2025, também na semana antes do carnaval, quando Darwin precisou ser internado em uma clínica veterinária. No dia 26 de fevereiro, ele foi internado e passou uma semana em tratamento. Porém, em 24 de março, Darwin apresentou uma febre altíssima de 41 graus e problemas respiratórios. Ele foi levado para a urgência, onde, em poucos minutos, seu estado piorou. Realizamos uma série de exames, como exames de sangue, ultrassonografias e raio-X, para descobrir a causa da febre e dos problemas respiratórios. O diagnóstico foi difícil, mas conseguimos dar todo o suporte necessário, com ração de filhote, vitaminas e carboidratos para dar energia ao nosso querido Darwin. Ele sempre foi forte, mas passamos por momentos difíceis juntos. Vamos continuar lutando por ele!
Links das notícias sobre o caso de 2017, quando a Profa. Olga foi abordada pela polícia em Balneário Camboriú:https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2017/02/cega-com-cao-guia-e-abordada-pela-pm-em-praia-de-sc-apos-denuncia.htmlhttps://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2017/02/banhista-chama-policia-para-tirar-cao-guia-de-turista-cega-da-praia-em-balneario-camboriu-e-gera-tumulto-9731253.html