Ajuda solidária

A ideia de criar essa vaquinha foi de uma grande amiga que conhece a história de perto. Minha mãe e eu somos jornalistas e estamos sem emprego. Ela, desde o início do ano, e eu, desde 2015. Nesse meio tempo, fiz cursos de massoterapia e maquiagem para ter uma renda extra, mas ser autônomo no Brasil é um desafio diário. Em janeiro começamos a reformar o apartamento que era da minha avó, falecida em 2005. Com um teto próprio, sairíamos do aluguel e do seguro fiança. Foram vários orçamentos e indicações de empreiteiros "profissionais". O que aconteceu foi que, por ignorância e confinaça, gastamos muito além do previsto e o apartamento tem inúmeros reparos a serem refeitos, como fiação elétrica e hidráulica que foram pagas, mas não foram trocadas. O empreiteiro entregou o apartamento com ralos entupidos com caliça, canos quebrados que vazam para o vizinho de baixo, janelas quebradas ou emperradas, cimento nas cerâmicas, rejuntes sem acabamento, tomadas e interruptores mal-colocados,  Inclusive, no meio do processo, o banheiro do vizinho foi danificado por um vazamento e tivemos que arcar com conserto. Há novamente problemas de infiltração. O empreiteiro recebeu pagamentos, mas não repassou aos fornecedores. Ele também se recusa a entregar as notas fiscais, além de ameaçar a minha mãe (fizemos B.O na 10ª delegacia). Os fornecedores nos ligaram perguntando por que razão não pagamos o empreiteiro, já que eles não receberam os valores acertados e afirmam que o empreiteiro desapareceu e os bloqueou nas redes sociais. Tenho fotos e filmei todo o estrago para quem quiser conferir.  A única coisa que temos é a nossa palavra contra a deles agora. Por conta das despesas extras, tivemos que escolher o que pagar com a boa vontade de amigos muito queridos. Isso acarretou a perda do plano de saúde, por exemplo. Perdemos eletrodomésticos por causa das instalações elétricas que foram obviamente sabotadas, tivemos vazamento de gás, de cozinha, além da água dos canos.  Neste momento, por mais atendimentos que eu faça (fiquei dois meses sem pacientes por falta de espaço para atender) não tenho valores suficientes para cobrir gastos essenciais/emergenciais. Por essa razão, depois de muito pensar, decidi deixar o orgulho de lado (reconheço que isso pesa bastanta, pois é muito, muito difícil) e pedir uma mãozinha para a minha mãe. Qualquer valor será bem-vindo porque sei que não está fácil sobreviver neste país. Por hora, o único que faço é agradecer antecipadamente a força e a solidariedade. Estou à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Muito obrigada,

Carol Borne